Macedo de Cavaleiros

Estrangeiros ‘encantados’ com as vindimas do Geoparque

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2013-10-10 18:19

A vindima e as práticas associadas à produção do vinho são cada vez mais procuradas por turistas que querem participar.
O alemão Michael, a americana Carry, e os espanhóis de Astúrias, Cassandra e Ruben, vieram a Macedo de Cavaleiros propositadamente para participar nas vindimas no Geoparque Terra de Cavaleiros. Nunca tinham vindimado, mas sentiram-se como peixes na água e adoram a experiência “de contacto com a natureza e a simpatia das pessoas”.
O dia começou bem cedo. Pouco depois das 7h00 já o grupo, constituído por 12 pessoas, rumava à aldeia de Lombo, para vindimar as vinhas da Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros. Curva contra curva, nem a estrada sinuosa diminuiu a expetativa dos estrangeiros, que era grande, ou esmoreceu a vontade de pegar nos cachos. Nunca tinham vindimado e estavam ansiosos. “Tudo começou porque uma amiga minha, a Carry, queria muito participar numa vindima. Tivemos conhecimento pela Internet que aqui se fazia e inscrevemo-nos”, contou Michael. Estrangeiros como o Michael e os amigos procuram, sobretudo, “novas experiências”. Estão dispostos a pagar por isso. Mesmo que implique meter mãos à terra, manusear a tesoura para cortar uvas, andar uma manhã inteira de costas vergadas, carregar caixas. Tudo vale desde que seja um corte na rotina, uma fuga à vida diária, um escape ao trabalho. “Gosto muito. Já cortei muitas uvas”, contou o alemão. Foram dois dias longe da “vida normal de todos os dias”. Como se entrassem noutra dimensão, mais próxima da terra e das pessoas. Num registo mais descontraído e informal. Ainda antes do meio da manhã já o grupo matava o bicho, com uns petiscos, em mesa improvisada no atrelado de um trator agrícola. “Até soube melhor assim ao ar livre”, confidenciaram. Os sorrisos eram muitos. O ambiente era alegre e reinou a boa disposição. O tempo solarengo deu uma ajuda a esta vindima poliglota.

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