Automobilismo

Trás-os-Montes perde Mundial de Ralicrosse, Câmara de Montalegre vai para tribunal

ralicrosse de Montalegre fora do Mundial
Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 2018-10-25 16:55

O Circuito Internacional de Montalegre deixou de figurar no calendário mundial de ralicrosse, hoje divulgado pelo promotor do campeonato, a IMG, mnas a Câmara de Montalegre não se conforma com a decisão e vai avançar com uma ação em tribunal.

De acordo com o calendário agora conhecido, em 2019 haverá 11 rondas, registando-se a entrada de duas novas provas. Uma na Bélgica, no circuito de Spa-Francorshamps, e outra no circuito de Yas Marina em Abu Dahbi, que abre o campeonato.

Ora, quem não concorda com esta decisão é o presidente da Câmara de Montalegre, que anunciou hoje ao Mensageiro que o município a que preside vai recorrer aos tribunais para ser ressarcido pela saída do calendário mundial de ralicrosse.

A autarquia tinha um contrato assinado com a empresa promotora do campeonato, a IMG, até 2023, mas viu hoje o Circuito Internacional de Montalegre ser riscado da edição do próximo ano.

“Acabámos todos por ser surpreendidos pela decisão da IMG, que é perfeitamente descabida. Vamos acionar os meios legais de que dispomos para fazer prevalecer os nossos direitos”, disse à Lusa Orlando Alves.

O novo acordo, assinado em 2017, deveria entrar em vigor apenas em 2019. No entanto, segundo explicou o autarca, “havia o compromisso de realizar algumas obras para a edição deste ano”, nomeadamente de asfaltamento do paddock, de uma nova torre de controlo e de uma enfermaria.

O reasfaltamento foi feito mas não a torre de controlo e a enfermaria, cujas obras estão orçadas em um milhão de euros.

“Argumentam com razões que consideramos válidas e queremos ser ressarcidos pelos prejuízos causados”, afirma Orlando Alves.
Segundo o autarca, o projeto da nova torre vem sendo “recusado pela IMG, que tem estado sempre a interferir e a pedir alterações” aos técnicos da câmara. “Estivemos a conversar com eles há cerca de um mês, na Letónia, e percebemos que as coisas nos fugiam. Mas a obra só tinha de estar feita em abril do próximo ano, data da realização da prova”, sublinhou o presidente da câmara montalegrense, que agora garante estar já a preparar “uma equipa jurídica” para dar entrada com uma ação “num tribunal de Londres”, de forma a “fazer valer os direitos” da autarquia.

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