A opinião de ...

As ideias dividem; os sonhos unem!

 
Aproveito, neste espaço de público de opinião e (in)formação (gentilmente permitido pelo nosso amado jornal diocesano “Mensageiro de Bragança”), para expressar a minha profunda gratidão ao Povo que me acolheu e que, em conjunto, pudemos crescer nas mais diversas formas pastorais, espirituais e eclesiais. A Unidade Pastoral de Santo António, que agora termina, deixa um legado e um rasto de muita esperança para a Igreja nordestina. Nesta pequena porção do Povo de Deus soubemos viver a unidade na pastoral, aprendemos a sentirmo-nos mais Igreja e ser mais uns para os outros e com os outros, a viver e a ser testemunhas alegres e gentis do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Deixo aqui o meu profundo louvor a quantos se deixaram encantar neste sonho comum. Sabemos que as ideias e as ideologias – tantas vezes obscuras noutros mundos e agendas – criam a divisão, a suspeita, a desunião e a desconfiança. É curioso que um dos adjetivos ao ser de Lúcifer é que ele é o “pai da mentira”, o “pai da divisão”. O sonho, porém, é aquela realidade que une, que permite a comunhão. A partilha de um sonho é, simultaneamente, a partilha do melhor de mim. É saber que deixa de ser meu e passa a ser de outro, e que, depois, passa a ser de todos. É a comunhão plena. Por outras palavras, o sonho é a comunhão que nasce no contágio inebriante e alegre de um encontro e do Encontro (com Deus), gerando o sentir comum e a comunhão plena no Espírito Santo.
Graças a todos e a cada um de vós, pude ser mais padre, mais cristão, mais filho, mais homem. Recordo-me com emoção as palavras que o Senhor Bispo D. António Montes Moreira me dirigiu no final da minha ordenação sacerdotal: «Manuel, nunca te esqueças que o Padre faz a paróquia e a paróquia faz o Padre». Como é verdade! Hoje sou melhor Padre graças à oração e ao afeto de cada um de vós. Espero, igualmente, que, no meu humilde e serviçal contributo,  sejais hoje mais povo, mais comunidade cristã, mais filhos no amor e na lealdade ao nosso Bispo Diocesano e à nossa amantíssima Diocese.
Que a Virgem Maria, a Mãe sempre fiel e sempre terna, a todos nós nos conduza nos seus braços até ao seu amantíssimo Filho, nos transforme em artífices da Paz e em transparências da Graça, e nos faça servos leais e fiéis da Palavra e da Santa Mãe Igreja.

Edição
3696

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