A opinião de ...

UM LIVRO EXCELENTE

               Sem tirar nem pôr. O Cónego Silvério Pires, meu bom amigo de longa data, apresenta-nos um livro que é excelente por diversos motivos. Pela apresentação exterior, pela forma interior e pela substância. Na minha modesta opinião, trata-se de uma obra prima no contexto da Literatura Mariana. Chama-se “A VIRGEM SANTA MARIA NA FÉ DA IGREJA”.
                Desde logo, pelo exterior – a capa bem sólida, de cor azul a condizer com a cor celestial de Maria Santíssima e em papel Gardapat 13. Pelo interior onde, ao longo de 383 páginas, deparamos com uma escrita elegante e clara, com um belo estilo de expressar ideias de uma forma atractiva, de tal modo que o leitor não cansa de ler e procura avançar sempre em busca de novas ideias. E, sobretudo, pela substância dessas ideias que se consubstanciam no historial de Maria de Nazaré. E é sobre esse assunto primordial que vou exprimir o meu julgamento.
                A narrativa começa por relatar, minuciosamente, todos os recantos da Bíblia onde se referem, explicita ou implicitamente, alusões a Maria Santíssima e, além disso, todas as referências escritas por Padres dos primeiros tempos do Cristianismo, a começar por S. Lucas. É encantador ler esses relatos de cristãos que sempre viram Maria como Mãe espiritual. E é também um encanto vivenciar o enlevo com que o Autor transcreve essas referências dos primórdios cristãos. Maria estava pre-destinada, desde toda a Eternidade, para ser a Mãe do Salvador.
                Após essa narrativa primeira, são abordados os temas doutrinários mais substantivos e de valor doutrinário incomensurável, um acervo de documentos originais que transformam este livro de Silvério Pires na tal “obra prima” que referi no início.
                 De facto, são-nos apresentados documentos que em parte alguma se encontram à nossa disposição para consulta e, muito menos, para os possuirmos e nos debruçarmos sobre o seu conteúdo. Eu não tinha nada de formalmente válido sobre a Imaculada Conceição, sobre a Assunção de Maria e, muito menos, sobre o Concílio de Éfeso em 431 ou o Concílio de S. João de Latrão em 649. São estes conteúdos que me merecem o apodo que referi como justo e me levam a aconselhar este livro a todos os Católicos devotos de Maria e, também, a todos aqueles que, mesmo fora do contexto cristão, se interessam e gostam de assuntos culturais de relevância comprovada. E são, de facto, assuntos de índole cultural e histórica os que podemos ler e apreciar neste livro notável do Cónego Silvério Pires:
                Em Éfeso, os Padres da Igreja condenaram as ideias de Nestório e proclamaram Maria como Mãe de Deus – a Teotokos;
Em S. João de Latrão, os bispos reunidos concluíram pela Virgindade de Maira antes e depois do parto e essa doutrina tornou-se universal para os crentes;
Em 1854, pela Bula Ineffabilis Deus, Pio IX promulga como dogma, a Imaculada Conceição, uma doutrina que já era seguida há várias centenas de anos, em toda a Cristandade;
Em 1950, pela Bula Munificentíssimus Deus, Pio XII estabelece o dogma da Assunção de Nossa Senhora, uma doutrina que também já era assumida por toda a Igreja militante.
No Concílio Vaticano II, Paulo VI apresenta-nos Maria como Mãe da Igreja.
Para não ser maçador, termino estes considerandos com um conselho muito sincero para todos os que lerem este meu escrito despretencioso: leiam o livro do  Cónego Silvério Pires e verão que não foi tempo perdido aquele que dedicaram à sua leitura.  

Edição
3637

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