Nuno Diz apresentou lista à União das Freguesias da cidade de Bragança e projetos para "dar vida" à cidade

É com o objetivo de "Dar vida à União" que Nuno Diz, técnico de saúde pública e presidente da Concelhia de Bragança do Partido Socialista, apresentou publicamente a sua candidatura à União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo, a mais populosa do distrito com mais de 20 mil eleitores.

Anabela Pires será a número dois de uma lista que inclui, ainda, José Granado, reformado da Autoridade Tributária (Finanças) como candidato à presidência da Assembleia de Freguesia.

"Comigo está uma equipa capaz de despertar Bragança e de a trazer de volta ao dinamismo de outros tempos seja no emprego, no ambiente, na área social, no desporto, na mobilidade urbana e urbanismo nas relações humanas e cidadania com um especial relevo nas novas tecnologias e numa aposta forte no digital, e numa realidade com 5G para todos", disse Nuno Diz, de 40 anos, no seu discurso.

"Temos noção que nos vai exigir muita dedicação e um grande comprometimento para honrar o nosso compromisso: nortear a nossa actuação na melhoria das condições de vida de todos os brigantinos e daqueles que nos visitam. Para concretizar esta missão, convoco-vos para uma cooperação efetiva e participativa, no sentido de assumirmos uma responsabilidade coletiva", disse ainda.

Nuno Diz garantiu que "é possível dar nova vida a Bragança se todos nos empenharmos".

O candidato que pretende conquistar a freguesia a Telmo Afonso, do PSD, apontou o emprego como "fundamental para inverter o êxodo a que estivemos condenados nestes últimos 24 anos de governação PPD/PSD à frente da Câmara Municipal e desta União de Freguesias".

"Assistimos, como se de uma fatalidade se tratasse, à saída dos nossos filhos na procura de um futuro que Bragança não até agora não lhes proporcionou.  Os brigantinos não podem continuar à espera daquilo que nos oferecem, temos de ser proativos na procura de investimento de qualidade, na colaboração com os nossos industriais e os nossos comerciantes. Temos de ter um papel reivindicativo com o poder central, para que nos sejam devolvidos e instalados os serviços públicos que servem toda a comunidade", apontou, perante uma plateia bem composta no jardim António José de Almeida e onde estavam as Secretárias de Estado das Comunidades Portuguesas (Berta Nunes) e a da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, que também intervieram. Jorge Gomes, candidato à Câmara Municipal, ausente da cidade, enviou uma mensagem em vídeo.

De entre as propostas apresentadas por Nuno Diz, destaque para a tentativa de elevação a Património Material da UNESCO da "Vila com o Castelo mais bonito de Portugal e a Domus Municipalis, único exemplar de arquitetura românica civíl na Península Ibérica".

"Em sintonia com a candidatura do Partido Socialista à Junta de Samil, preparar um Passeio Pedonal na Estrada do Turismo, no lado Nascente, culminando num Miradouro digno e moderno do Monte de São Bartolomeu, com acesso pela grande escadaria a reabilitar, com iluminação e intervenção direccionada para impedir o vandalismo", prometeu ainda.

No ambiente "é necessário e urgente erradicar a poluição do rio Fervença, do rio Sabor e uma intervenção séria e rigorosa na ETAR". "Temos de cobrir a cidade com rede de saneamento. Temos ainda vários bairros e ruas da nossa cidade sem saneamento nem rede de água potável", notou.
"A rede de apoio social tem de ser melhorada, alargada e reinventada" e no ensino "todas as escolas, independentemente da sua direção, terão um apoio incondicional" do seu exectivo. "O Instituto Politécnico de Bragnça tem de ser um parceiro a ter em conta na nossa atuação com a indispensável reciprocidade e sintonia institucional. Teremos uma atuação forte na rede de infantários e do ensino pré-escolar", disse.

Sobre o desporto, considerou que "está agonizado". "Instituições como o Grupo Desportivo de Bragança, Pioneiros, Clube Académico de Bragança, Mãe-de-Água, Escola Crescer, Associação Desportiva de Paredes, Estrelas Brigantinas, Associação dos Amigos do Campo Redondo e muitas outras, estão a definhar. E porquê? Porque Bragança não tem uma política desportiva e os parcos subsídios autárquicos são atribuídos em função da “cor” dos dirigentes e não das reais necessidades das organizações desportivas", acusou.

Prometeu ainda tratar Meixedo "como uma freguesia". "Não podemos tratar uma zona rural como se fosse uma zona urbana e vice-versa. Meixedo necessita de um orçamento próprio, precisa da autonomia necessária para responder às reais necessidades das suas gentes. A construção de uma ETAR é imperativa. O Santuário de Santa Ana será sempre uma atração dinamizadora, precisa é de políticas que lhe devolvam a dignidade de outros tempos", apontou.