País precisa de visionários como Camilo Mendonça defendeu Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República defendeu em Vila Flor que o país precisa de “visionários” como Camilo Mendonça, o engenheiro agrónomo que se notabilizou como o principal impulsionador da construção do Complexo Industrial do Cachão, em Mirandela, em 1964. “Foi um homem que viu aquilo que havia de ser o futuro 60 anos antes, foi para muitos um visionário, completamente sem sentido, um sonhador utópico naquele sentido negativo do termo que percebeu que era preciso mudar o que havia de exclusão, afastamento no fundo da situação dramática em Trás-os-Montes e no chamado Nordeste Transmontano. Que mais do que isso decidiu meter mãos à obra e que não tinha só ideias. Fazia. E fez o Cachão, fez cooperativa quando era difícil apoiar o movimento de cooperativa até pela natureza do regime político e ditatorial em que vivíamos. Reuniu produtores, encontrou formas de distribuição no tempo em que não havia vias de comunicação, ligou a agricultura à agroindústria, lançou produtos em tempo recorde, montou um projeto que na altura que na altura parecia impossível, inviável, sem pés para andar mas que hoje sabemos que se pudesse ter ido mais longe antecipava muita coisa boa para o Nordeste e teria poupado muito atraso, muita pobreza e muita desigualdade”, afirmou durante uma visita à Barragem do Peneireiro, na passada sexta-feira, no âmbito das comemorações do Centenário de Nascimento de Camilo Mendonça, antigo secretário de Estado da Agricultura no Estado Novo