A opinião de ...

O apocalipse que se aproxima

Ao falarmos de apocalipse, não podemos deixar de pensar numa hecatombe cujas consequências dificilmente serão por nós imaginadas e, mesmo imaginadas, totalmente compreendidas. No entanto, o apocalipse aproxima-se… e não vai tardar muito a aparecer, porque há bastante tempo que os seus graves indícios têm vindo a revelar-se, cada vez com mais intensidade.
No meu artigo “O grande discurso da terra”, publicado no número 3953 este jornal, apontei alguns problemas provocados nela pelo homem dos quais, nesse discurso, ela amargamente se queixa. (O homem que devia preservá-la para ter nela as melhores condições de habitabilidade). Contudo, de forma incompreensível, tem vindo intensivamente a destruí-la, não só pelas armas que emprega nos conflitos que dia a dia se sucedem, como também pela incúria e desprezo como a vem tratando.
Considerando que vivemos num mundo a que já chamámos aldeia global, poder-se-ia muito bem cuidar dele como, para bem de todos, normalmente é tratada uma aldeia, em que se minimiza a rivalidade entre bairros para alcançar e viver o progresso a que todos aspiram. Podendo extrapolar o que se passa na pequenez de uma aldeia para a imensidade do planeta que habitamos, em vez de guerrear, seria mais produtivo e aplaudido o concurso de todos os países para uma convivência serena e tolerante, e por ela o empenhamento em conservar a casa que habitamos com o propósito de a deixarmos conservada e limpa aos nossos vindouros. As armas seriam substituídas por uma vivência em que nada faltasse, desde o pão ao conforto do lar, passando pela saúde e os demais bens em que a invenção humana progressivamente se iria revelando, para que todos os esforços inerentes ao homem convergissem para a total melhoria de vida, enquanto o fossem defendendo dos perigos naturais que o rodeiam.
Acontece, porém, que muitos países pensam e atuam contrariamente a tudo quanto atrás, (decerto ingenuamente), fui sugerindo, e cada vez mais vão desenvolvendo material de destruição, em detrimento da convergência de esforços para o bem comum.
É certo que, desde os primórdios da sua existência, a humanidade está recheada de conflitos armados. Contudo conflitos cujas armas nada têm a ver com as de que presentemente se serve: armas de possível destruição global do planeta que habita. E se já foram experimentadas algumas armas mais destrutíveis com as consequências que se conhecem, o que não será com as muito mais poderosíssimas que certos países guardam “a sete chaves”, cujos códigos são acessíveis apenas a pequenos grupos? Bastará que, segundo consta, num desses países, algum alegado louco se deixe hipnotizar pelo botão que as faz detonar e, por sua ordem, carregue nele, dando início à destruição que se teme. Poderá acontecer!
E então, a terra estremecerá, vibrará, deslocar-se-á para o infinito do Universo, e aí, após ter sido limpa de tudo quanto tem suportado à superfície, há de explodir e fará explodir quantos astros se lhe atravessarem no caminho, após o que irá mergulhar na escuridão do espaço sideral!!!

Edição
3961

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