Mirandela

Ministra da Coesão Territorial assume dificuldade em implementar o plano de mobilidade do Tua

Publicado por Fernando Pires em Seg, 2021-12-27 11:01

Está tudo na mesma, continua sem entrar nos carris o plano de mobilidade do Tua e não tem data para ser implementado. Isso mesmo assumiu, em Mirandela, na passada quarta-feira (15 dezembro) a Ministra da Coesão Territorial sobre o dossier da principal medida compensatória pela construção da barragem de Foz-Tua, por parte da EDP.

Ana Abrunhosa foi confrontada com as suas declarações há um ano, também numa visita a Mirandela, em que deixou a garantia que estaria para breve a implementação do plano de mobilidade. Agora, reconhece que está tudo igual. “Quer o Ministério da Coesão Territorial, quer o Ministério das Infraestruturas já estão completamente acertados, mas atrasou-se o processo e o facto de não termos orçamento leva a que, infelizmente, a solução do problema transite para o próximo Governo”, afirma a governante.

Ana Abrunhosa lamenta o sucedido. ”Gostaria de dizer que é já um projeto turístico em andamento, infelizmente não é, teve problemas no meio e esses problemas foram acentuados com a não aprovação do orçamento. Posso dizer que continuaremos muito empenhados na resolução deste problema, o mais rapidamente possível. Sinto o desespero dos autarcas e do território”, acrescenta.

Há mais de 17 meses que já foram concluídas as obras de estabilização dos taludes e reabilitação da linha ferroviária do Tua, entre Brunheda e Mirandela, obras consideradas fundamentais para a implementação do plano de mobilidade que espera, há cerca de cinco anos, para receber luz verde para ser implementado, ilustrativo da complexidade burocrática dos processos, envolvendo, neste caso, entidades regionais e nacionais, públicas e privadas, desde a CP, Infraestruturas de Portugal, Instituto da Mobilidade Terrestre, a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua - que integra os Municípios de Mirandela, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Alijó e Murça - e a EDP.

Perante esta morosidade, já no início deste ano, Mário Ferreira, operador a quem foi entregue a concessão da mobilidade no Tua, terá manifestado aos autarcas que estava cansado. Até ao momento já foram investidos cerca de 16 milhões de euros em obras, infraestruturas e equipamento.

Assinaturas MDB