F. Costa Andrade

Membro do MPN, CPLGSP e ONE

Incêndio - 2 Porque o pior pode estar para vir..

Um autarca da zona centro do país, com a moral e a autoridade de quem está a viver no terreno o drama dos incêndios que estão a reduzir a cinzas todo o país, em poucas palavras e com rara lucidez, perante as câmaras das televisões, teve a coragem de dizer que todos nós, mas mesmo todos, somos culpados por esta vaga de incêndios que partindo do Norte, está a arrasar todo o país, pelo que mais do que saber de quem é a culpa desta tragédia, é importante e urgente dentro do possível começar a reparar o prejuízo e a preparar o futuro, prejuízos que são incalculáveis especialmente para as pessoas


Incêndio, a tragédia anunciada que ninguém quis ver (1)

hega de charlatanice, demagogia e aproveitamento oportunista da situação extremamente grave provocada pela maior e mais grave vaga de incêndios de que há memória, que começou no norte, vai para um mês, desceu para o centro e voltou para o norte, deixando atrás de si, com o maior rasto de destruição de que há memória nos últimos cinquenta anos, a certeza inquestionável da natureza criminosa de fogo posto na grande maioria dos piores incêndios, provocados impunemente pela ignorância, selvajaria e instintos de malvadez dos seus autores.


Serviço Nacional de Saúde do ideal ao possível

O Dr. Manuel Maria Lopes, um senhor médico, conhecido sobretudo como o Dr. Lopes ou, para os mais velhos como o “Dr. da Antoninha”, nasceu em Carção no já longínquo dia 13 de Junho de 1894.
Oriundo de famílias abastadas, teve o privilégio, naqueles tempos muito raro, de poder estudar.
Com elevada classificação, tirou o curso secundário no Liceu de Bragança, concluindo depois, em 1918, a licenciatura em Medicina na Faculdade de Medicina do Porto, cidade onde, de imediato, começou a exercer a medicina, voltado para a especialidade de otorrinolaringologia.


Na política em democracia, a culpa não pode morrer solteira

Nos tempos de antanho, sempre que havia nomeações para funções de direção ou de chefia, era habitual ouvirem-se nos corredores e nos mentideros das empresas, comentários com alguma piada, muito cinismo e estremo mau gosto, pondo em causa as condições, o perfil e a aptidão dos sortudos que eram investidos naquelas funções, chegando-se mesmo a afirmar que “só ia para chefe quem não servia para mais nada”.
Isto, com mais ou menos a razão, era o que se dizia antigamente. E agora?


Parabéns nobres gentes de Carção, felicidades Padre Nelson do Vale

O passado dia vinte deste mês de julho, ficará gravado para sempre a letras de ouro no coração e na memória do povo de Carção, esta aldeia mítica que, já lá vai um bom par de anos, outro ilustre filho seu, este votado às artes e à poesia, como que profetizando o que, no século vinte e um seria a festa da ordenação sacerdotal do padre Nelson do Vale, com rara inspiração e toda a propriedade, numa simples quadra, descreveu assim:
“Entre Sabor e Maçãs, Santulhão e Argozelo, Não lhe chamem mais Carção, Mas coração do concelho”.


A crise da saúde, os profissionais e os políticos - 2

Pela enorme importância que a saúde representa para todos, a crise endémica com que há décadas se debate o nosso Serviço Nacional de Saúde, deixou de ser mais um problema, e passou a ser o nosso grande problema atual, uma vergonha nacional, da qual, tanto os profissionais da saúde como os políticos que governam o país, ainda que uns mais do que outros, ninguém sai limpo nem está totalmente isento de culpas.


O longo caminho dos médicos e da Medicina, desde Hipócrates até aos dias de hoje (1)

Decorridos mais de dois mil e seiscentos anos, qualquer coisa como cerca de um milhão de dias, a generalidade dos médicos, no início da sua atividade profissional, continua a fazer o chamado juramento de Hipócrates, da autoria deste médico grego, falecido no ano 370 A.C., desde sempre considerado como o grande pai da medicina.


Quo vadis, escola pública?

Mais um fim de ano letivo e, para não variar, ministro após ministro, as mesmas respostas esfarrapadas de sempre, na tentativa miserável e desonesta de atirar as culpas ao sistema que não se coaduna com as necessidades e a mesma esperteza saloia, que se arrasta há décadas, de se continuarem a ludibriar as espectativas dos pais e as esperanças dos alunos com as promessas de que para o ano é que vai ser.


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