Açaimos na Assembleia da República, já! Começa a faltar paciência para tanta falta de vergonha
Meteram a raposa no galinheiro, e as consequências não se fizeram esperar.
Meteram a raposa no galinheiro, e as consequências não se fizeram esperar.
Por mais alheado que alguém possa andar, tanto do dia a dia das pessoas como da vida do país no seu todo, é difícil de compreender e impossível de ignorar, o porquê da vertigem eleitoral, como se o interesse e a felicidade atual e futura da maioria pessoas reais estivesse dependente do resultado de uma qualquer eleição, seja ela para o presidente da república, o gestor do condomínio, o presidente da direção da equipa de futebol do bairro, ou de tantas outras semelhantes a estas, como se o mundo acabasse amanhã e não houvesse futuro nem vida para além do resultado das eleições.
Por mais estranho que pareça, foi nas remotas terras de Vimioso, o recanto mais nordestino de Trás-os-Montes, encastoado entre os concelhos de Miranda e de Bragança, onde “acaba a (nossa) terra e não começa o mar”, que foi feita a apresentação universal da fantástica “Inteligência mural”, a versão mais poderosa e atualizada da inteligência artificial que, contra tudo o que seria lógico de esperar, por uma feliz conjugação de astros extraterrestres, acaba de ser instalada naquela maravilhosa vila raiana, junto à porta principal das instalações recentemente abandonadas da agência do BCP.
Foi exatamente assim, “sem dar cavaco às tropas”, que um cliente do Banco Comercial Português desde o primeiro dia em que abrira o balcão de Vimioso, me deu a notícia de que este banco acabara de fechar a agência que tinha naquela vila, da qual era um cliente muito antigo.
2 – OS DEVERES
Assim como, durante muitos anos a esta parte, se vem defendendo a necessidade de que todos os cidadãos se assumam como sujeitos plenos dos seus direitos, com capacidade para os interpretar e exercer, é igualmente indispensável que por meio dum exercício de educação cívica se dê o justo relevo aos deveres e às obrigações concomitantes com o exercício desses mesmos deveres.
Não restam dúvidas que, quando queremos, os portugueses somos mesmo os maiores.
Pena é que, contra o que seria espetável, por que fadário ou maldição, preguiça, comodismo, ou sei lá o quê, em vez de aproveitar as oportunidades que se nos vão deparando, as deixemos fugir, passando o tempo a navegar na espuma dos acontecimentos, tomar a nuvem por Juno, desperdiçar energias a caçar moscas, discutir o sexo dos anjos, malbaratar recursos e competências sem qualquer critério ou resultados visíveis.
Durante as duas últimas semanas deste ano prestes a findar, duma maneira totalmente aleatória em termos de idade e de condição social, perguntei a uma série de pessoas o que mais esperavam do próximo ano e se pensavam festejar a passagem de ano de 2024 para 2025.
Neste quase final de dois mil e vinte quatro, caiu sobre o país, como uma autentica bomba nuclear, a notícia que, não obstante os milhões de euros provenientes do Orçamento do Estado com que, ano após ano, é dotado o Serviço Nacional de Saúde, a resposta por ele dada aos problemas de saúde e de bem estar de todos os utentes que, por direito próprio, a eles têm direito, está a ser fortemente condicionada por enormes quantias gastas para assistir milhares de pessoas das mais diversas classes sociais e económicas vindas dos quatro cantos do mundo que, sob a capa de turistas ou de qualquer