F. Costa Andrade

Membro do MPN, CPLGSP e ONE

A grande derrocada: porquê, para quê, e logo agora?

Na verdade, se não houvesse já motivos de sobra para pensar e refletir sobre o perigoso abrandamento da economia global no ano de 2024, em Portugal, com a continuada e acentuada queda das exportações e das importações, a fraca produtividade da economia, um PIB anémico, o baixo consumo interno, os salários, já de si tão baixos, engolidos pela inflação e pelo aumento incontrolável do custo de vida, a que se junta a insatisfação generalizada dos trabalhadores em atividades essenciais como a agricultura, a agropecuária, a silvicultura, a construção civil, a metalomecânica, as indústrias do ve


Como em tudo na vida, também nas crises, “nunca há duas, (dois), sem três”

É dos livros que, como em tudo na vida, também na atividade política, ou talvez mais ainda, nunca há duas sem três, verdade inquestionável e sobejamente confirmada pelo tsunami que fez desmoronar como um baralho de cartas aquilo que parecia ser um governo de maioria absoluta à prova de ventos e marés, que acabou por implodir fragorosamente, deixar a descoberto suas fraquezas e contradições, levantar sérias dúvidas sobre as virtudes do sistema em que se instalou e, bem mais grave do que tudo isso, lançar o país numa perigosa crise política, para a qual se sabe a hora da entra, e da qual ta


2 - Aumento do IUC? É esperar para ver

Na recente feira da castanha em Vinhais, questionado pelo semanário Mensageiro de Bragança sobre a oportunidade, a sustentabilidade e a equidade do aumento do IUC dos carros anteriores a julho de 2007, o ministro da economia, numa mescla da candura e do atrevimento dos ignorantes, com manifesta e lamentável falta de sensibilidade, defendeu-se com a desculpa esfarrapada de que tal aumento resultava dum compromisso para a descarbonização, assumido com UE.
Mas, será que é mesmo assim? Vamos por partes.


1. Aumento do IUC: ataque desmiolado à pobreza, num tratado perfeito de cinismo e hipocrisia política

Quando já tinha preparada outra abordagem ao tema candente do aumento do IUC sobre os carros anteriores a julho de 2007, por um feliz acaso caiu-me nas mãos um texto fabuloso sobre o mesmo assunto, com o qual concordo plenamente, agradecendo penhoradamente ao seu autor a simpatia de o partilhar com os leitores do nosso jornal.


2 - A ameaça eminente da falta de água, que já nos entrou pela casa adentro.

É uma verdade do tamanho duma casa que, para poupar, é preciso ter o que poupar.
A não ser assim, é andar a brincar com coisas sérias e a gozar com as necessidades e a boa fé das pessoas, caraterísticas da maneira desastrada como por cá se continua a enfrentar a necessidade de adotar medidas sérias para reverter a atual crise de falta de água que, para além de Portugal, já afeta tantos países da Europa, situação insustentável a que, duma vez por todas e com todas as letras, é urgente dizer basta.


I - Água, o grande problema da humanidade

Segundo uma sondagem recente da Haximage, nove em cada dez portugueses vêm na crise climática uma das maiores ameaças do Século XXI, a maioria dos quais, a continuar tudo na mesma, acredita que haverá uma grave escassez de água e de alimentos num futuro muito próximo.

Segundo a mesma sondagem, 90% dos inquiridos acreditam que as alterações climáticas são já uma realidade, 83% que haverá escassez de água e 73% escassez de alimentos, situação que se verifica em todos os escalões etários da população e em todas as regiões do país.


1 - Porque de “Fartote” a “Fartum” vai um salto de pardal...

Enquanto que o substantivo masculino “fartote” significa barrigada, pançada ou empanzinadela, o substantivo “fartum” significa o cheiro resultante do rancho e qualquer outro cheiro incómodo ou nauseabundo, qualidades que, a solo ou em conjunto, assentam como uma luva ao fartote/fartum de medidas recentemente anunciadas pelo governo, sem que ninguém perceba porquê, para quê e com que destinatários, e menos ainda, se algum dia virão a ser implementadas, medidas estas que, teoricamente, serviriam para mitigar os graves problemas que afetam o ensino, os transportes, a saúde, a habitação e a


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