Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Os desperdícios das eleições

Se o assunto dos votos desperdiçados já era pertinente antes das eleições, parece-me que, agora, é muito mais.
No distrito de Bragança o caso é paradigmático, com 21576 votos a não contarem para nada (entre os partidos que não elegeram e os brancos e nulos).
Há muito se fala na ideia de, por exemplo, os votos em branco poderem contribuir para (des)eleger na mesma medida em que os votos ‘normais’ elegem. O escritor José Saramago defendia essa medida como forma de materializar o voto de protesto que, nestas eleições, beneficiou largamente o Chega.


Os desperdícios das eleições

Aqui há umas semanas, o excelente trabalho do jornalista Fernando Pires, publicado nas páginas aqui do Mensageiro, levantou muita celeuma em algumas franjas de comentaristas das redes sociais.
Isto porque a notícia do Fernando titulava que, no distrito de Bragança, nas eleições legislativas de 2024, tinham sido desperdiçados mais de 20 mil votos que, literalmente, foram para o lixo.
E isto porquê? Porque só os votos nos dois principais partidos, PSD e PS, se traduziram, de facto, na eleição de deputados, o fim último daquelas eleições.


Um novo Francisco

Começou ontem o Conclave que vai escolher o sucessor do Papa Francisco. Será o 267.º Papa da história da Igreja Católica.
As previsões que se vão escutando apontam para uma escolha relativamente rápida, esperando-se (literalmente) fumo branco até esta sexta-feira.
Ontem, em declarações à Agência Ecclesia, o padre Tony Neves, conselheiro geral dos Missionários Espiritanos, em Roma, partilhou o “misto de sentimentos” que se vive pelo início do Conclave que vai eleger o novo Papa, considerando que cardeais têm uma “missão difícil, mas fundamental”.


Um farol que se apaga

Por estes dias, tanta coisa foi dita já por tantos sobre o Papa Francisco. Mas a verdade é que isso demonstra a importância que o jesuíta argentino Jorge Bergoglio, eleito Papa Francisco em 2013, representou para o mundo ao longo dos 12 anos de pontificado.


Um país que corre para o mar

Em 2017, a Ala dos Namorados cantava assim:
“São os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar
A terra gira ao contrário
E os rios nascem no mar”.
A verdade é que, a cada dia que passa, de facto, mais os loucos de Lisboa nos fazem duvidar.
Num trabalho da Fundação Francisco Manuel dos Santos (promotora da Pordata, uma base estatística nacional), divulgado pela SIC, demonstrava-se que 80 por cento da população portuguesa habita em 30 por cento dos 308 municípios portugueses.


Orgulho e preconceito

O distrito de Bragança é o mais seguro do país. Seja em termos de ocorrências participadas (o único com menos de quatro mil participações), seja concretamente ao nível da criminalidade violenta e grave, em que se registaram 71 participações, tantas quantas tinha havido no ano passado (mais informação na página 7).
Ora, estes resultados não são de um ano só e demonstram, mesmo, uma tendência que se vem registando na última década.


As marcas que o tempo não pode apagar

O Mensageiro de Bragança está de luto. O jornalismo português está de luto. Partiu para a Casa do Pai aquele que, durante três décadas, foi uma das referências da comunicação social transmontana.
Homem com um sentido de humor notável, tinha sempre uma piada pronta para desarmar qualquer interlocutor.
Nascido em Paçó de Rio Frio, o nome de Inocêncio Pereira confunde-se com o próprio Mensageiro de Bragança.
Por cá, no jornal diocesano, desempenhou toda a espécie de cargos. Foi jornalista, chefe de redação, diretor adjunto, diretor, administrador.


Os desafios de um pai

O dia 19 de março é, por tradição, o dia dedicado a S. José, que fez as vezes de pai de Jesus na terra e, por arrastamento, de todos nós.
Por isso se celebra, a 19 de março, o Dia do Pai.
Nas suas catequeses sobre a família, o Papa Francisco foi deixando alguns conselhos para os que têm a árdua tarefa de educar.
“Um pai deve querer os filhos sábios e inteligentes.
Um pai deve estar sempre presente, próximo à esposa e aos seus filhos.
Um pai presente não é o mesmo que um pai controlador.


Porque não devemos deixar as crianças fazerem birras

Aviso à navegação, este texto não é, fundamentalmente, sobre crianças. É sobre todos nós.
Aquilo a que assistimos esta semana no Parlamento mais não é do que uma birra de crianças. Crianças mimadas, pouco habituadas a que se lhes diga que não. E quando os pais falham em ensinar os filhos a lidar com o não, tornam-nos crianças caprichosas.
E crianças caprichosas agem sem pensar com bom senso, mas emocionalmente. Deixam-se tomar conta pelas emoções.


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