Cinquenta anos de «Abril»: II.2. O balanço político
II.2.1. A evolução até 28 de Setembro de 1974
II.2.1. A evolução até 28 de Setembro de 1974
Vários factores se conjugaram para que os militares e a opinião pública viessem a ser favoráveis ao derrube do IV Governo do Estado Novo (27 Setembro de 1968-24 de Abril de 1974), presidido por Marcelo Caetano.
Damos continuidade aos artigos que escrevemos neste jornal, em 2014, entre 30 de Março e 24 de Abril, inserindo-os num só documento, disponibilizado agora online, também neste jornal, e constituindo a primeira parte dos cinco artigos que agora vamos publicar sobre «Um balanço político e social do Portugal de Abril».
Não só não temos ainda um vencedor das eleições do passado dia 10 como o vencedor pode mudar depois da Assembleia empossada. O que se passa, então?
Proximidade às eleições é tempo de promessas e de ilusões. Os candidatos comportam-se como animais predatórios e a «selva» reclama garras afiadas. São muitos os chamados mas poucos os escolhidos. Libertária e neo-burguesa em aspiração, a cultura dos portugueses só reclama a social-democracia, ajudada pela mudança das caras na televisão. Assim tem sido desde há 50 anos.
Vivemos tempos muito agitados e, por isso, vale a pena refletir no contributo das eleições para a pacificação da sociedade, até porque só falta um mês para as legislativas do dia 10 de Março. Está em causa a constituição do Parlamento Nacional que desenvolverá a 16ª Legislatura da Terceira República Portuguesa (desde 1976) e a designação do 120º Primeiro-Ministro (desde 1821) e do XXIV Governo Constitucional da III República (desde 1976).
Embora o dia primeiro de Janeiro, Dia Mundial da Paz, já tenha passado há quase um mês, é sempre útil refletir sobre a Mensagem do Papa Francisco para este dia e para o presente Ano, 2024, difundida a partir de 8 de Dezembro de 2023.
O nosso Papa intitulou a mensagem como «A inteligência Artificial (IA) ao serviço do bem comum» e procurou construir um referencial-guia para a prossecução do mesmo Bem através dela (da IA).
Os cristãos festejam o Natal como o nascimento de Jesus Cristo, a celebração da família e o início de uma ideologia religiosa que se chama Cristianismo. Uma ideologia que prega a união entre as pessoas e a vivência da vida segundo os valores da obediência às leis de Deus. Os cristãos iniciais fundaram assim uma filosofia de vida que acredita numa segunda vida, para além da morte física, reservada aos crentes e seguidores daquelas leis.
Política é a definição das condições do Bem Comum, das formas de alcançá-lo e da liberdade de cada um na Sociedade e perante o Estado. Justiça é o juízo sobre o valor e o mérito das acções, institucionais, colectivas ou individuais, à luz dos valores, das normas e das regras estabelecidos nos documentos orientadores e normativos emanados da Política e da tradição.