Adriano Moreira

A nova Ordem

Falar na nova ordem desperta simultaneamente a atenção pessimista para o pousio a que progressivamente parece condenada a ONU, e por outro lado, a esperança de que estadistas ainda ignorados ou mal conhecidos, tenham o talento, até agora perdido, de mobilizar as sociedades civis sacrificadas para uma nova esperança de desenvolvimento sustentado.


As imigrações que buscam a Europa

Não podemos deixar de lembrar o visionário Agostinho da Silva, cujas obras completas estão em publicação, e que depois de ajudar a formar o Brasil Moderno, imaginou uma sementeira de centros culturais ao redor da Terra – Ceuta, Índia, Malaca, Goa, Macau, Brasília. Amarras da cultura portuguesa misegenada pelas distâncias, pelos tempos, pelas políticas.


A DIÁSPORA EM MUDANÇA

Talvez seja de lembrar que há uma relação anterior ao que chamamos lusofonia e diásporas, que é a relação entre conquista e povoamento, submetendo as populações nativas. Para entender a evolução até à entrada neste século XXI, é justo lembrar a doutrina de teólogos e jurista, do que já foi apropriadamente chamado Escola Ibérica da Paz, uma edição preciosa da Universidade de Cantabria (2014) sob a direção de Pedro Calefate, Ramón Emílio Mandado Gutierrez, e um excelente Prefácio de António Augusto Cançado Trindade.


O BRASIL E O DESAFIO DOS EMERGENTES

Foi em 2001, na entrada de um milénio em que todos os conceitos políticos económicos vigentes eram desafiados pela realidade global em mudança, que James O’Neill, investigador do famoso Banco Goldman Sachs, escreveu um artigo intitulado “Building Better Global Economic Brics”, e esta expressão passou a designar “quatro grandes economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China”.


O Papa Francisco

A coragem, apoiada na experiência e iluminada pela fé, é exemplar no Papa que escolheu chamar-se Francisco, juntando à firmeza religiosa dos jesuítas a bondade dos franciscanos. Esperança de que o já anunciado Novo Concilio possa encontrar meios de remediar os males do mundo que afetam a Curia e em consequência a Igreja em geral. Não posso deixar de lembrar Frei Bartolomeu dos Mártires, o nosso Arcebispo Nortenho que contemporâneos consideraram a voz mais autorizada do Concílio de Trento.


Sobre a crise

A crise económica e financeira ameaça agravar o Outono Ocidental em que nos precipitaram governos afastados das necessidades dos povos que lhes aconteceu governar. Um dos acontecimentos mais inquietantes dos crescentes cortes de confiança entre os governos, que também neste domínio sofrem os contágios da globalização, foi a surpreendente revelação de Wikileaks ao tornar públicas as tensões entre os Estados e os atores da Web, como ali evidenciaram Thomas Gomart e Julíen Nocetti, embora o conflito possa ser definido invertendo a ordem dos envolvidos.


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