Ana Pereira

Ser Mais

Um novo ano, muitas vezes, surge como um momento em que as pessoas renovam as suas esperanças. Na perspetiva de Paulo Freire, a esperança precisa ser acompanhada pela ação para se transformar em concretude histórica. A espera passiva é considerada vã, a verdadeira esperança é dinâmica e envolve a participação ativa na transformação da realidade. Neste sentido, a esperança constitui-se a força motivadora que impulsiona o ser humano a trabalhar em direção a utopias que nos dão uma visão de estado ideal e de perfeição.


Um olhar “(des?)complexo” sobre educação

O conhecimento tem surgido, nas nossas escolas, fragmentado, descontextualizado, formatado e hierarquizado, porque subjugado ao cumprimento de um currículo “de tamanho-único-pronto-a-vestir”. Essa forma de o conceber tem condicionado o espaço, o tempo, os conteúdos e as próprias estratégias de ensino, numa lógica que dificilmente se coaduna com uma perspetiva colaborativa, participada, integradora e interdisciplinar. Edgar Morin afronta-nos referindo que vivemos obstinados pela convicção reducionista de que as partes isoladas e separadas nos dão a compreensão do todo.


Foco e firmeza profissional

A profissão docente tem sido um tema recorrente nos noticiários. As greves e manifestações que, nos últimos tempos, têm vindo a acontecer revelam a grande insatisfação de uma classe que reivindica “valorização”, “respeito” e “estabilidade”. É inegável que a imagem do professor na sociedade tem sido, por muitos, injustamente esfacelada.


(Re)Pensar a Educação Artística na escola

A escola foi, durante muito tempo, um espaço de ensino, onde se valorizava, sobretudo, a leitura, a escrita e o cálculo. Os professores, marcados pelos rituais do passado, observando as exigências da introdução das artes no currículo, continuam a demitir-se da sua exploração, assumindo que retiram tempo necessário às matérias ditas prioritárias. A educação artística entra, no dia a dia da escola, essencialmente, para colmatar tempos mortos ou como uma recompensa, após as crianças terem realizado uma atividade de português ou de matemática (tidas como áreas nobres do currículo).


Assinaturas MDB