A escola foi, durante muito tempo, um espaço de ensino, onde se valorizava, sobretudo, a leitura, a escrita e o cálculo. Os professores, marcados pelos rituais do passado, observando as exigências da introdução das artes no currículo, continuam a demitir-se da sua exploração, assumindo que retiram tempo necessário às matérias ditas prioritárias. A educação artística entra, no dia a dia da escola, essencialmente, para colmatar tempos mortos ou como uma recompensa, após as crianças terem realizado uma atividade de português ou de matemática (tidas como áreas nobres do currículo).