Ana Pereira

Um olhar “(des?)complexo” sobre educação

O conhecimento tem surgido, nas nossas escolas, fragmentado, descontextualizado, formatado e hierarquizado, porque subjugado ao cumprimento de um currículo “de tamanho-único-pronto-a-vestir”. Essa forma de o conceber tem condicionado o espaço, o tempo, os conteúdos e as próprias estratégias de ensino, numa lógica que dificilmente se coaduna com uma perspetiva colaborativa, participada, integradora e interdisciplinar. Edgar Morin afronta-nos referindo que vivemos obstinados pela convicção reducionista de que as partes isoladas e separadas nos dão a compreensão do todo.


Foco e firmeza profissional

A profissão docente tem sido um tema recorrente nos noticiários. As greves e manifestações que, nos últimos tempos, têm vindo a acontecer revelam a grande insatisfação de uma classe que reivindica “valorização”, “respeito” e “estabilidade”. É inegável que a imagem do professor na sociedade tem sido, por muitos, injustamente esfacelada.


(Re)Pensar a Educação Artística na escola

A escola foi, durante muito tempo, um espaço de ensino, onde se valorizava, sobretudo, a leitura, a escrita e o cálculo. Os professores, marcados pelos rituais do passado, observando as exigências da introdução das artes no currículo, continuam a demitir-se da sua exploração, assumindo que retiram tempo necessário às matérias ditas prioritárias. A educação artística entra, no dia a dia da escola, essencialmente, para colmatar tempos mortos ou como uma recompensa, após as crianças terem realizado uma atividade de português ou de matemática (tidas como áreas nobres do currículo).


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