Chega? Não, não chega, já sobra!
A propósito da palavra “chega”, alerto para a circunstância de que, como em todas as línguas do mundo, também a nossa língua tem as suas especificidades, as suas curiosidades e, não raro, também as suas ratoeiras.
A propósito da palavra “chega”, alerto para a circunstância de que, como em todas as línguas do mundo, também a nossa língua tem as suas especificidades, as suas curiosidades e, não raro, também as suas ratoeiras.
Cozinhada no interesse imediato das ditas elites políticas, esta sucessão infindável de eleições com que nos confrontamos, ainda que tenha sido desejada por uns tantos, nunca foi compreendida nem aceite por muitos mais, como era mais que previsível, está a condicionar toda a dinâmica do país.
O DESASTRE COM O ELEVADOR DA CALÇADA DA GLÓRIA,
O PIOR E O MELHOR DUM POVO DE CONTRASTES
1 – COMUNICAÇÃO SOCIAL, PIOR ERA IMPOSSÍVEL
Na sequência do trágico acidente com o elevador da calçada da Glória na cidade de Lisboa, segundo os números já apurados, para além dos vários feridos com maior ou menor gravidade ainda internados nos hospitais da capital, perderam a vida dezasseis pessoas de diversas nacionalidades.
Porquê Senhor, milénios depois das pragas sobre o Egito, se abateu a agora a mão pesada da tua ira, sobre o povo deste pequeno cantinho da Europa chamado Portugal que, em tantas terras descobertas e por tantos mares nunca dantes navegados, deu novos mundos ao mundo e, como nenhum outro, levou tão longe a mensagem libertadora do teu Evangelho?
Um autarca da zona centro do país, com a moral e a autoridade de quem está a viver no terreno o drama dos incêndios que estão a reduzir a cinzas todo o país, em poucas palavras e com rara lucidez, perante as câmaras das televisões, teve a coragem de dizer que todos nós, mas mesmo todos, somos culpados por esta vaga de incêndios que partindo do Norte, está a arrasar todo o país, pelo que mais do que saber de quem é a culpa desta tragédia, é importante e urgente dentro do possível começar a reparar o prejuízo e a preparar o futuro, prejuízos que são incalculáveis especialmente para as pessoas
hega de charlatanice, demagogia e aproveitamento oportunista da situação extremamente grave provocada pela maior e mais grave vaga de incêndios de que há memória, que começou no norte, vai para um mês, desceu para o centro e voltou para o norte, deixando atrás de si, com o maior rasto de destruição de que há memória nos últimos cinquenta anos, a certeza inquestionável da natureza criminosa de fogo posto na grande maioria dos piores incêndios, provocados impunemente pela ignorância, selvajaria e instintos de malvadez dos seus autores.
O Dr. Manuel Maria Lopes, um senhor médico, conhecido sobretudo como o Dr. Lopes ou, para os mais velhos como o “Dr. da Antoninha”, nasceu em Carção no já longínquo dia 13 de Junho de 1894.
Oriundo de famílias abastadas, teve o privilégio, naqueles tempos muito raro, de poder estudar.
Com elevada classificação, tirou o curso secundário no Liceu de Bragança, concluindo depois, em 1918, a licenciatura em Medicina na Faculdade de Medicina do Porto, cidade onde, de imediato, começou a exercer a medicina, voltado para a especialidade de otorrinolaringologia.
Nos tempos de antanho, sempre que havia nomeações para funções de direção ou de chefia, era habitual ouvirem-se nos corredores e nos mentideros das empresas, comentários com alguma piada, muito cinismo e estremo mau gosto, pondo em causa as condições, o perfil e a aptidão dos sortudos que eram investidos naquelas funções, chegando-se mesmo a afirmar que “só ia para chefe quem não servia para mais nada”.
Isto, com mais ou menos a razão, era o que se dizia antigamente. E agora?
O passado dia vinte deste mês de julho, ficará gravado para sempre a letras de ouro no coração e na memória do povo de Carção, esta aldeia mítica que, já lá vai um bom par de anos, outro ilustre filho seu, este votado às artes e à poesia, como que profetizando o que, no século vinte e um seria a festa da ordenação sacerdotal do padre Nelson do Vale, com rara inspiração e toda a propriedade, numa simples quadra, descreveu assim:
“Entre Sabor e Maçãs, Santulhão e Argozelo, Não lhe chamem mais Carção, Mas coração do concelho”.