A opinião de ...

Orçamento de Estado para 2026

Incompreensivelmente, ou talvez não, a verdade é que, ainda o Orçamento Geraldo Estado para 2026 mal passava de um mero projeto de intenções, foi logo liminarmente rejeitado pelas mesmas oposições de sempre, criando a dúvida de que, em vez de se apresentarem na Assembleia da República, não teria sido mais útil para o país e agradável para eles, terem aproveitado a oportunidade para gozar mais uns diazinhos de férias.
Esquecendo as mais elementares regras da prudência, da moderação e do bom senso, agiram como se de um nado morto se tratasse ou, pior ainda, da certidão de óbito da vontade expressa do povo e das suas justas espectativas, claramente manifestadas por ele nas últimas eleições legislativas, vontade essa que, quando não lhes convém, essas oposições nunca foram, não são, nem nunca serão capazes de compreender, aceitar e respeitar como lhes compete.
Mas foi o que nos calhou em sorte e, enquanto houver paciência e caridade para as aturar, será com elas que teremos de conviver.
Agora, mal o OGE/26 foi aprovado na generalidade, caiu sobre ele um gigantesco tsunami de críticas e reivindicações, motivado pela ganância pela ignorância, pelo oportunismo e, porque não dize-lo também pela má fé e estupidez congénita de muito dessa gente, como se o estado tivesse uma máquina de fazer dinheiro e as receitas dos imposto fossem ilimitadas e suficientes para o transformar num poço sem fundo, coberto com a pele milagrosa de S. Bartolomeu, donde se pudesse sacar à balda tudo o que desse na real gana para, à sombra dele, viver a gastar à tripa forra.
Era bom, era, só que, como donde só se tira e não se põe, depressa se acaba, à semelhança do que sucede com os orçamentos das pessoas, das famílias e das empresas, também, e muito especialmente dentro destes pressupostos, os orçamentos dos países, cujas únicas fontes de financiamento se limitam aos impostos e à riqueza produzida pela atividade económica, para cumprirem os seus objetivos, nas atuais circunstancias externas e internas de muitas incertezas e imprevisível volatilidade, em economias como a nossa, seja a que pretexto for, para não por em risco o presente dos contribuintes e o futuro das gerações vindouras, terão de ser geridos, até ao último cêntimo, com rigor, prudência, segurança e grande profissionalismo, com equilíbrio à prova de bala, sentido de justiça e equidade, o que, manifestamente, só poderá ser conseguido com o bom senso, o trabalho e a dedicação de todos.
Que ninguém se iluda, porque realizar uma tarefa desta dimensão, com toda a certeza, será tudo menos fácil, e só está ao alcance dos melhores, que, escolhidos pelo voto do povo nas recentes eleições legislativas, assumiram, a missão e a responsabilidade de levar este barco a bom porto.
Se, como diz o nosso povo, “Quem se obriga a amar obriga-se a padecer”, para ficarem a bem com a sua consciência e não desiludirem quem neles confiou, irá exigir-se-lhes a dedicação plena das suas capacidades a tempo inteiro, tendo como única recompensa garantida à sua espera, a certeza de muitos dias de trabalho sem horário e muitas noites sem dormir. (Continua)

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