Paulo Cordeiro Salgado

Autarquias (I) – os deveres dos candidatos e dos eleitos

Estão à porta as eleições para as autarquias. A Constituição defende que as autarquias representam um papel fundamental na construção da democracia. Os candidatos deverão estar empenhados em apresentar os seus programas de forma clara, atento o carácter biunívoco das relações entre eleitos e cidadãos. Se os cidadãos participarem ativamente na vida autárquica, os candidatos e futuros eleitos tomarão mais cuidado no que prometem e no que cumprem.
Já eleitos, incentivarão, sem medos, a vida democrática local através de ações concretas, designadamente:


Emigração e Imigração

Volto ao tema que tem merecido agenda relevante nos primeiros meses deste ano, e cuja “virtude” é consabida e veiculada pela mídia como essencial. É assim que age quem pretende assumir o protagonismo político, à custa de apelos simplistas, por isso, apelativos. Difundir meias verdades e notícias falsas é o paradigma político que pretende orientar as nossas vidas em comunidade.


Da Dignidade Humana

O discurso de Lídia Jorge na Comemoração de Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, para além de marcar a posição pessoal, universalista e humanista da autora, bem vincada na sua obra, sobretudo em A Costa dos Murmúrios e Misericórdia, levanta duas questões distintas e opostas. Destaco um aspeto, somente. De um lado, os defensores de um humanismo personalista, baseado na noção de pessoa e de liberdade; de outro, a clivagem separadora entre “nativos” e “imigrantes”, motivada por emoções negativas, como o medo e a aversão. Ou seja, ‘pureza’ ou ‘impureza’ do ser humano.


Liberdade e igualdade

Lembro a obra Utopia (Guimarães Editores, 2005, pág. 63) de Thomas Morus (1478-1535), filósofo, pensador, diplomata, homem de leis, chanceler do Reino Unido, católico, santificado por Pio XI. Dado o seu elevado sentido ético-moral-cristão (católico), opôs-se tenazmente ao divórcio de Henrique VIII (que se autoproclamou o representante de Deus na Terra e que mandou executar, por decapitação, o filósofo, por contrariá-lo). Leiam este excerto de há mais de cinco séculos: «…A felicidade pública era [recordava Platão] a aplicação do princípio da igualdade.


Leituras e leitores

1.º Da interessante obra Leituras & leitores: trajetos e trajetórias (Luciana Leal e Cláudio Silva, Orgs., Vol. 2. – Cachoeirinha: Editora FI, 2025), que me foi encaminhada pela Academia de Letras de Trás-os-Montes, transcrevo o seguinte parágrafo: «…A escola é lembrada por vários autores como um espaço de iniciação à leitura e, nela, as bibliotecas parecem desempenhar um papel mais relevante do que as salas de aula. A figura de um docente aparece, aqui e ali, como introdutor ao mundo da leitura.


A palavra no contexto da educação

Leiam, caros leitores, três notícias que me proponho interligar. E um breve comentário. Dizem respeito à educação pela palavra, escrita e falada.
Primeira (publicada por IGIN, sítio brasileiro de notícias, em 26.11.2024): «Em 2009, a Suécia decidiu substituir livros por computadores; 15 anos depois, já gastou 104 milhões de euros para reverter essa decisão. Uma experiência datada de julho de 2014, realizada nos EUA, mostrou a eficácia da medida que proibiu telemóveis nas escolas, o que melhorou as notas e a socialização dos alunos».


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