Paulo Cordeiro Salgado

Leituras e leitores

1.º Da interessante obra Leituras & leitores: trajetos e trajetórias (Luciana Leal e Cláudio Silva, Orgs., Vol. 2. – Cachoeirinha: Editora FI, 2025), que me foi encaminhada pela Academia de Letras de Trás-os-Montes, transcrevo o seguinte parágrafo: «…A escola é lembrada por vários autores como um espaço de iniciação à leitura e, nela, as bibliotecas parecem desempenhar um papel mais relevante do que as salas de aula. A figura de um docente aparece, aqui e ali, como introdutor ao mundo da leitura.


A palavra no contexto da educação

Leiam, caros leitores, três notícias que me proponho interligar. E um breve comentário. Dizem respeito à educação pela palavra, escrita e falada.
Primeira (publicada por IGIN, sítio brasileiro de notícias, em 26.11.2024): «Em 2009, a Suécia decidiu substituir livros por computadores; 15 anos depois, já gastou 104 milhões de euros para reverter essa decisão. Uma experiência datada de julho de 2014, realizada nos EUA, mostrou a eficácia da medida que proibiu telemóveis nas escolas, o que melhorou as notas e a socialização dos alunos».


A Caixa de Pandora e o Mundo Atual

É conhecido o mito “Caixa de Pandora” (na Antiga Grécia, civilização riquíssima, como sabemos, os gregos criaram certos mitos para explicar fenómenos da natureza, valores sociais e a sua religiosidade). O mito começa com Prometeu, um dos titãs, castigado pelos deuses por ter conseguido alcandorar-se ao nível das divindades, apossando-se do fogo sagrado, prodigalizando-o à humanidade. Os deuses consideraram grave tal ato de subtração ao seu poder. Punido, foi exposto no Monte Cáucaso para ser devorado pelas aves de rapina.


Camões e o Professor Dionísio Gonçalves

Decorreu em Bragança, no dia 18 de maio passado, o encontro dos 60 anos (1962- 1964) do Curso do Magistério Primário. Durante o evento e nas conversas travadas através do WhatsApp (meio tecnológico aqui bem-vindo, diferente do abuso a que assistimos nos dias atuais), a referência a mestres tem sido uma constante. Desde logo, o nome do Professor Dionísio Gonçalves que orientava a preparação prática, dos “aspirantes” a professores primários.


Nós, a Felicidade e o Silêncio

Voltei aos Diálogos do filósofo romano Séneca (é salutar revisitar alguns clássicos para verificarmos se evoluímos tanto quanto se afirma ou, porventura, se retrocedemos civilizacionalmente). Ao Diálogo “Da Vida Feliz”, de que lembro o seguinte excerto: «O supremo bem é uma força invencível do espírito, conhecedora por experiência, serena nas ações, dotada de grande humanidade, e preocupada com o que com ela [a força] convive…o homem feliz deveria ser cultor da honestidade e viver tranquilo com a virtude…».


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