Emigração e Imigração
1.º Volto a este assunto, por três razões.
1.º Volto a este assunto, por três razões.
Por interesse pessoal e pela oportunidade do tempo social que ocorre, obtive o texto Discurso e Mudança Social, de Norman Fairclough, linguista britânico, professor emérito na Universidade de Lancaster, cofundador da Análise Crítica do Discurso. Trata-se de uma tradução do texto inglês, efetuada por uma equipa coordenada por Izabel Magalhães, da Editora da Universidade de Brasília, com data de 2001, Pp. 88-90.
Estou a imaginar o meu “velho” amigo e colega Marcolino, ali de S. Martinho de Angueira, Miranda do Douro, professor reformado do ensino primário, como se designava então – lembras-te, Marcolino?! – e cesteiro nas horas vagas, quando os vimes dão de si, e pauliteiro de verdade, e ator de cinema quando lhe acodem à porta a solicitar novidades, a sorrir e pensar: cá está o Paulo a brincar, utilizando uma palavra estrangeira. Tens razão, pois poderia escrever “rolar”! Mas sabes, Marcolino, utilizamos tantas palavras estrangeiras! Não temos nós uma língua que nasceu de tantas?
1. Teve o Sr. Diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Ramiro Salgado, de Torre de Moncorvo, Prof. Miranda Rei, com apoio dos seus colaboradores, a amabilidade de me dirigir o convite para apresentar o meu livro “Encruzilhadas no Império” aos alunos do Secundário. Para mim, uma honra e um privilégio participar neste evento memorável, ao qual devotei o meu maior entusiasmo.
«Causa e efeito - Não se produz nenhum phenomeno ou acontecimento sem causa, porque este é o princípio soberano e regulador da razão humana na averiguação dos factos. Não descobrimos muitas vezes a causa de uma ocorrência, e reputamos como causa o que é efeito» (in Archivo Pittoresco, de 1867).
O título do presente texto tem a designação da peça de teatro “O que carregamos?”, que foi exibida no Teatro Nacional de S. João, Porto. Trata-se de um “exercício de tolerância” como se escreveu no Público – construído pelo Grupo de Teatro do Lado de Fora, com direcção artística de Rui Spranger. Através de uma linguagem simples e cativante e encenação movimentada por diversos atores, incluindo pessoas da assistência, foca questões de exclusão social. Em dado momento da peça, há uma personagem que pergunta, um pouco perdida no palco, dirigindo-se à audiência: onde é que eu sou?
Limitarei a minha última intervenção sobre este tema com o intuito de reflexão antes de “deitarmos” o voto. Não me substituo, portanto, aos autores que têm realizado abundantes estudos sobre a governação autárquica.
Há diversos autores portugueses que se têm debruçado sobre a governação das autarquias (exemplos: A Governação nas Autarquias Locais, de João Bilhim, coleção Inovação e governação nas autarquias, 2004; Autarquias Locais: Democracia, Governação e Finanças, de Paulo T. Pereira e outros, Edições Almedina, Julho, 2016) – algo oportuno, quer em momento de eleições, quer, sobretudo, no governo das nossas cidades, vilas e aldeias. Escreve Bilhim: «O que está em causa é a obtenção de um serviço público de qualidade, definido pelos olhos dos munícipes, prestado com eficiência e eficácia.
Estão à porta as eleições para as autarquias. A Constituição defende que as autarquias representam um papel fundamental na construção da democracia. Os candidatos deverão estar empenhados em apresentar os seus programas de forma clara, atento o carácter biunívoco das relações entre eleitos e cidadãos. Se os cidadãos participarem ativamente na vida autárquica, os candidatos e futuros eleitos tomarão mais cuidado no que prometem e no que cumprem.
Já eleitos, incentivarão, sem medos, a vida democrática local através de ações concretas, designadamente: