Ora cá temos, ora cá está!
Quando eu tinha doze anos e frequentava o segundo ano do Seminário de S. José de Vinhais, fiz parte de uma turma, cujo professor de Latim era uma pessoa entre o preocupado e o entusiasmante. De tal modo se manifestava que, ao explicar-nos uma regra gramatical que continha uma ou outra exceção necessária à construção frásica, invariavelmente batia com a mão aberta em cima da página da gramática em que essa regra estava escrita, enquanto exclamava: “Ora cá temos! Ora cá está!”. Nós gostávamos do gesto, e aprendíamos sem grande esforço.