Manuel António Gouveia

Escritores de Pedestal: Fernando Pessoa

Fernando Pessoa, considerado o expoente máximo da poesia lusófona do século XX, é conhecido como poeta dos heterónimos – personagens por ele criadas, cada uma com caraterísticas próprias, sendo as mais conhecidas: Alberto Caeiro, camponês, poeta e filósofo, que não foi além da instrução primária, autor de “O Guardador de Rebanhos”; Álvaro de Campos, engenheiro, autor de “Opiário”, da “Ode Triunfal”, da “Ode Marítima” e do poema “Tabacaria”; Ricardo Reis, “Pagão por carácter”, médico, latinista e clássico, “[… ] é um homem de ressentimento e cálculo, um homem que se faz como faz laboriosamen


Escritores de Pedestal: José Saramago

No dia 7 de dezembro de 1998, um português de 76 anos nascido numa família de fracos recursos e natural duma humilde terra do nosso Ribatejo, recebia, em Estocolmo, o Prémio Nobel da Literatura – o primeiro e, até à agora, único conferido a um escritor português.
Esse português dava pelo nome de José de Sousa Saramago, e a terra em que nasceu chamava-se (como ainda hoje), Azinhaga, no concelho da Golegã.


Ora cá temos, ora cá está!

Quando eu tinha doze anos e frequentava o segundo ano do Seminário de S. José de Vinhais, fiz parte de uma turma, cujo professor de Latim era uma pessoa entre o preocupado e o entusiasmante. De tal modo se manifestava que, ao explicar-nos uma regra gramatical que continha uma ou outra exceção necessária à construção frásica, invariavelmente batia com a mão aberta em cima da página da gramática em que essa regra estava escrita, enquanto exclamava: “Ora cá temos! Ora cá está!”. Nós gostávamos do gesto, e aprendíamos sem grande esforço.


Escritores de Pedestal

Portugal, além de outras suas notáveis personalidades, colhe particular orgulho nos poetas e prosadores, tanto mais que muitos deles ombreiam com os melhores do mundo. É natural, pois, que lhes reserve espaços condizentes com o mérito de cada um, de forma a que todo e qualquer cidadão os possa admirar no pedestal que para um e outro deverá estar reservado.


DO ALTO DOS OITENTA E TAL ANOS – O regresso às origens

É do conhecimento de todos que Portugal é um país de diáspora. Por todas as partes do Globo passaram e vivem portugueses: muitos a quem a sorte grandemente bafejou, e também muitos para quem a sorte não foi tão generosa. Resulta daí que aqueles, tendo lutado com a força, a coragem e o ânimo que a este povo são inerentes, conseguiram ultrapassar as dificuldades que, num meio desconhecido, foram encontrar, ali se fixaram, criaram riqueza e deixaram descendentes a quem proporcionaram uma vida melhor do que aquela que suportaram na sua terra natal.


O valor dos encontros pessoais

Não trago aqui nada de novo que possa acrescentar ao que toda a gente sabe quanto aos encontros de grupos que é normal realizarem-se anualmente: encontros de militares, de anos de conclusão de cursos, de famílias, de celebrações do ano de casamento e demais aniversários que marcaram a vida de muitas pessoas.
É por isso que creio de todo relevante trazer aqui a comemoração dos sessenta anos de curso do Magistério Primário de Bragança de 1962 – 1964 que vai já em dois anos de comemorações – um o ano passado, em Bragança e um este ano de 2025, em Fátima.


Parar é necessário

Na terrível e assustadora cavalgada de conflitos que desmesuradamente vai crescendo e que pode comparar-se a uma bola de neve, torna-se imperioso parar. Parar para, como acontece em assembleias desorganizadas, fazer o ponto da situação.
Ora o ponto da situação, como por muitos é bem conhecido, serve para parar com a desordem que se instalou e, serenamente ouvir com atenção aquele que, argumentando sobre o que está a acontecer, normalmente leva a que, com a devida calma, se restabeleça a ordem que de forma turbulenta foi quebrada.


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