José Mário Leite

Que fazer com o livro?

Estamos a poucos dias da conclusão do ano que deveria celebrar o quingentésimo aniversário do nascimento de Luís de Camões, o nosso maior poeta e símbolo consagrado da lusitanidade e que é comumente aceite que tenha ocorrido a 24 de janeiro de 1524!
E quase nem se deu por isso!


Erro grave

Ao declarar que não gostou das imagens das dezenas de imigrantes perfilados e de mãos contra a parede, no Martim Moniz, Luís Montenegro tentou emendar a mão sobre a associação entre insegurança e imigração que, direta e indiretamente, ele e vários membros do seu governo fizeram, nos últimos dias, mesmo que, igualmente, o Primeiro Ministro venha agora a renegar tal cedência aos movimentos de extrema-direita.
E o erro começa, precisamente, aí.


Inteligência Artificial (Ainda e de novo)

Enquanto começo este texto a televisão anuncia um produto inovador por recorrer à inteligência artificial (AI). Habituado, desde há já vários anos, a conviver com investigadores e médicos que promovem, desenvolvem e usam esta ferramenta tecnológica tenho bem a noção das enormíssimas capacidades e benefícios associados a esta tecnologia. A prática da medicina e a investigação biomédica são duas áreas onde os avanços e as melhorias estão a ser fortemente impulsionados pela AI.


Sem dó nem piedade

Obviamente que pode acontecer a qualquer um, ter um dia menos bom, uma frase desastrada, uma tirada infeliz, uma ação menos conseguida. Porém, quando se ocupa um lugar com responsabilidades, quando se fala em nome de um grupo eleitor maioritário, um partido com fundadas tradições democráticas e humanísticas e, sobretudo, empossado de poder efetivo e mediático (que, no tempo presente, não é de somenos) será avisado não dizer tudo quanto se pensa e, em complemento, pensar bem tudo quanto se diz.


O primado subalterno

Apelar e reclamar o primado da Lei é quase um lugar comum entre a classe política… sobretudo quando tal lhe convém. “À política o que é da política, à justiça o que é da justiça” reclamam com frequência embora nem sempre se coibam de, criteriosamente usarem uma e outra para se influenciarem se não, mesmo, condicionarem. Porém, em qualquer dos casos, é normal haver um certo recato, muitas vezes manobras na sombra e, não raro, entregar a figuras subalternas a responsabilidade de atuarem em nome de outrem, o interessado.


Pedra pomes, tijolos e uma princesa oriental

Um texto inspirado de Manuel Cardoso, na última edição deste nosso jornal fez-me regressar a um tema já aqui abordado: a passagem de um milénio sobre a chegada de Joana Ardzrouni a Castro de Avelãs, vinda do longínquo reino arménia da Vaspuracânia. O cronista de Macedo de Cavaleiros aventa a hipótese, bem plausível, de terem vindo, na bagagem da faustosa comitiva, algumas cepas que ainda hoje estariam a ser cultivadas nas encostas de Bragança.


Assinaturas MDB