Carlos Fernandes

Epístola do cimo de Portugal ao Senhor António Costa

Nesta hora de despedida é meu dever e obrigação manifestar, publicamente, o meu contentamento com a sua partida. Embora as razões que a motivaram devessem encher de vergonha a cara dos que a provocaram. Mas, como dizia a minha avó Maria Antónia «quem nun tem bergonha, todo o mundo é seu»
De qualquer maneira «as feitas são as que balen»
O sr. parte com a ideia (errada?) do dever cumprido e de ter conseguido os seus objectivos. Ou, pelo menos, alguns deles. Mas também alguns ficaram por cumprir.


Eu e o Papa I

Pela televisão acompanhei a visita do Papa Francisco a Portugal. Com fé e muita alegria interior. Mas, também, com muita vontade e muita esperança que esta visita mostrasse ao mundo aquilo que o mundo não sabe ou já esqueceu – Portugal é capaz, Portugal sabe- até porque já fomos donos de meio mundo.


Não vale tudo (II)

r. Paulo Morais
Depois de serem esclarecidas todas as questões relacionadas com a sua passagem pela CMPorto a sr. Ainda deveria esclarecer mais algumas questões.
O sr. Aparece ligado à criação de várias associações da mais variada natureza. E até foi candidato à Presidência da República.
Tudo isto para funcionar precisa “daquilo” com que se compram os melões.
Naturalmente que quem aparece com estas valentias todas nada tem a temer e com tantos “nobel” muito menos ainda. De qualquer forma temos o direito de saber quem está por trás de si e de onde vem o “pilim”


Bem ‘mou finto’! (II)

De facto, somos um povo difícil de entender.
A nossa soberba não nos deixa ver ou pensar se o nosso vizinho precisa de nós.
A nossa vaidade não nos deixa ver ou pensar que os outros (amigos ou não) poderão precisar da nossa solidariedade.
A nossa inveja não nos deixa ver ou pensar que os outros (amigos ou não) podem ter mais do que nós e que, por isso, não devemos nem podemos considerar-nos menos importantes ou úteis.


Bem ‘mou finto’! (1)

À medida que nos vamos afastando do 25 de Abril de 1974 mais vai aumentando a dificuldade em entender a sociedade que somos.
Os pilares desta sociedade vão-se degradando e não há maneira de serem restaurados e preservados.
A educação está como vemos e sabemos ao ponto de, com jeitinho, vermos reformar professores sem nunca terem dado aulas.
A formação moral, ética e cívica desapareceu da convivência entre as pessoas.
Hoje temos licenciados incultos, ignorantes e mal preparados e achamos que isto é “consequência dos tempos que vivemos”.


Afinal em que ficamos? (II)

Consta que o parlamento tem um regulamento de funcionamento.
Esse regulamento prevê que o presidente seja indicado – para ser eleito – pelo partido maioritário.
Este presidente será coadjuvado por quatro (4) vice-presidentes indicados pelos 4 partidos mais votados para serem eleitos.
O PC – com a muleta dos verdes – já teve 1 vice-presidente pois já foi o 3º partido mais votado. E também teve 1 vice-presidente quando passou a ser o 4º partido mais votado.
O BE que já foi 3º e 4º partido já teve 1 vice-presidente.


Afinal em que ficamos? (I)

Eu penso que reúno todas as condições psíquicas, psicológicas, pessoais, económicas e financeiras para ser «de esquerda».
Mas não quero ser!
A esquerda pensa, acha e comporta-se como a única e legitima proprietária da democracia.
A esquerda pensa, acha e quer convencer tudo e todos que a democracia e os direitos (todos) só e apenas podem ser defendidos e garantidos por ela.
Mas – ao contrario do que pensa e acha a esquerda – a esquerda tem-nos demonstrado que quando chega ao poder comporta-se – tal e qual- ao contrário do que a apregoa.


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