Jorge Novo

Algo errado não bate certo

Têm sido francamente maus os tempos vividos atualmente na política e em outros quadrantes da sociedade em Portugal, pressagiando um 2025 difícil e desafiante.
Esta conclusão assenta em vários episódios amplamente conhecidos e discutidos, entre os quais o de alguém, que já esteve na Assembleia da República, no Governo e agora é eurodeputada, referir que “não sabe o que é isso dos valores nacionais”!


O Povo, a opinião e o poder

O Povo são as pessoas. A pessoa humana que, na comunidade humana, procura com labor e dignidade o pão de cada dia, que se empenha em garantir um presente e um futuro melhor para os seus e que, nesse intento, entre outras dimensões, se preocupa com o seu País.
São pessoas, concretas, de carne e osso, e não as manipuladas que muitos gostariam que fossem, que vão fazendo sentir o seu irredutível anseio, face a temores que vão recrudescendo, de viver num País independente, livre e democrático, economicamente próspero e socialmente justo.


Dos tempos que hão de chegar

Em início de Ano Novo, novas e outras oportunidades se avizinham, de fazer diferente, de fazer mais, de fazer melhor! Na vida pessoal e na vida da comunidade.
Em paráfrase do simbolismo das 12 passas tradicionais, ingeridas uma de cada vez, deixam-se estes 12 desejos, interligados, para futuro mais auspicioso:


O azeite vem ao de cima

De cultura secular, por isso com história, tradição e imaginário simbólico riquíssimo, o azeite é uma das principais fontes de gordura que muitos de nós não dispensamos.
Portugal é mesmo para além de um forte país produtor, o terceiro maior do mundo, com um produto dos melhores do mundo e uma exportação que ultrapassa os mil milhões de euros, um dos principais países consumidores.


Educação e Esperança

Não obstante se assinalar todos os anos, a Semana Nacional da Educação Cristã, proposta da Igreja católica em Portugal, que decorre este ano de 06 até ao próximo dia 13 de outubro, não tem tido, a meu ver, grande repercussão.
Não que a intencionalidade e a mensagem propostas não sejam claras, pertinentes e diria até, bastante atuais, face ao que inclusive nos é dado a viver ao dia de hoje, mas que talvez a razão de tal, seja pelo simples facto de que não há propriamente propensão generalizada, em exercício de liberdade, para eminentes reflexões.


Exortação de outono

O ser humano é um ser de tempo e do tempo, ser da natureza e ser pensante, de espiritualidade e de interlocução, que vive bastas vezes além do outono, estação, o seu próprio outono, em exortação à interioridade, um estado de alma.


Hospitalidade

Nesta nossa cómoda sociedade atual, apesar de tudo, não caiu em desuso uma das formulações mais felizes que caraterizam o povo transmontano, a sua hospitalidade.
Hospitalidade que a expressão “entre quem é” evidencia tão perfeitamente, apresentando este modo de ser e de estar, identitário e distinto, que vai muito para além de qualquer cliché e que mantém validade contemporânea.


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