Susana Cipriano e Abílio Lousada

Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Rio Frio. Santa Maria Rivulo Frigido!

Situada num planalto, 18km a Sudeste de Bragança, é sede da União das Freguesias de Rio Frio e Milhão, agregando ainda a aldeia de Paçó e os lugares de Quintas do Vilar e de Vale Prados. Originalmente Rivus Frigidus do Monte, topónimo alusivo ao rio Sabor, que corre 3km a Oeste, à frigidez da terra e ao Cabeço do Castro, foi localidade castreja da Idade do Ferro. Povoado relevante já no século XI, no tempo dos Bragançãos, está documentado no reinado de D. Afonso Henriques, dando-se conta em 1144-1145 de terras doadas ao Mosteiro de Castro de Avelãs.


Capela de Santa Eulália, Vila Meã. “Passio Eulaliae Emeriten”!

Vila Meã ou, como também já foi referenciada, Vila Meana, Villa Mediana, Villa Meyãa e Villameaõ (vila do meio), situa-se entre São Julião de Palácios e Deilão, União das Freguesia que também agrega as aldeias de Caravela, Palácios e Petisqueira. Situada na Alta Lombada e inserta na área nascente do Parque Natural de Montesinho, dista 22 km de Bragança. A génese do povoado antecede a formação da nacionalidade, então situada na zona da Fraga do Facho, onde se implantava o templo dedicado a Santa Eulália (ou Santa Olaia), então padroeira de Vila Meã.


Igreja de Santo Estêvão, Espinhosela. Primeiro Mártir da Igreja

Separada do Parâmio pelo rio Baceiro, a freguesia de Espinhosela ‘espalha-se’ pelas aldeias de Cova de Lua, Terroso e Vilarinho. Distante 13 km a Noroeste de Bragança, a aldeia-sede tem como património religioso a Igreja Matriz de Santo Estêvão, no «Bairro do Vale», e a Capela de Nossa Senhora do Rosário, no «Bairro do Outeiro». Hoje desaparecida, existiu ainda a Capela dedicada a São Caetano, ereta pelo Padre Belchior Leite de Azevedo, abade de Espinhosela, em finais do século XVII.


Igreja de São Miguel, Fermentãos. “Príncipe da Milícia Celeste”!

A aldeia de Fermentãos pertence à freguesia de Sendas, juntamente com Vila Franca, situada 29km a Sul de Bragança. Povoado medieval, em meados do século XIII designava-se Foramontãos ou Formadãos, sabendo-se que, no reinado de D. Dinis, existiam casais pertencentes ao Mosteiro de Castro de Avelãs e à Ordem do Hospital de Jerusalém. Tem, como templos católicos, a Igreja Matriz seiscentista de São Miguel, implantada no centro do povoado, a Capela de São Sebastião e as capelinhas das Almas e do Padre Cruz.


Capela de São Sebastião, Baçal. “Memórias Arquiológico-históricas …”.

Baçal, distante 8 km a Nordeste de Bragança, é sede de freguesia, constituída pelas aldeias de Sacoias e de Vale de Lamas. Estendida numa zona planáltica e de férteis terrenos agrícolas, banhada pelas águas do rio Igrejas e a ribeira de Baçal, encontram-se vestígios de povoamento desde a Idade do Ferro, onde existiu um castro dimensionado, e uma atalaia medieval no monte de Urzedo, contituinte do sistema defensivo exterior de Bragança. Documentos de 1243, dão nota que Pelágio Lopo e sua esposa venderam a povoação de Baçal a D.


Capela de São Roque, Parada de Infanções. Peregrino da Ordem Terceira Franciscana!

Distante 24 km a Sudeste de Bragança e uma das maiores aldeias do concelho, Parada pertence, desde 2013, à União de Freguesias de Parada e Faílde, integrando ainda as aldeias de Carocedo e de Paredes. Localidade castreja, onde existiram, de acordo com o Abade de Baçal, o castro Mau, a confinar com a freguesia de Coelhoso, e o castro de Cidadelhe, também pertencente à freguesia de Pinela. Segundo Francisco Felgueiras Júnior (Monografias Bragançanas), o topónimo deriva de um grupo de fidalgos (infanções) provenientes das Astúrias ali ter repousado durante certo tempo (paragem).


Igreja de São Ciríaco, Sanceriz. Diácono e Mártir, Orago único concelhio!

A aldeia de Sanceriz pertence à freguesia de Macedo do Mato, juntamente com Frieira, situada no extremo-sul do concelho, a 38km de Bragança. Povoado muito antigo, inserido na comarca de Lampaças/arquidiocese de Braga, «Vilar de Senceriz» foi distinguida com Carta de Foral no reinado de D. Dinis, a 24 de junho de 1285. Com pelourinho e casa da câmara, os residentes designados com foro de privilégios estavam isentos de pagamento de portagem em Bragança, tinham a possibilidade de escolher juízes próprios e reger a povoação.


Santuário de Santo Amaro, Vilarinho. “Nihil Amori Christi Praeponere”!

Vilarinho fica 16 km a Noroeste de Bragança, inserida no Parque Natural de Montesinho. Pertence à freguesia de Espinhosela, que inclui as aldeias de Terroso e de Cova de Lua. Freguesia autónoma e foreira do rei nas Inquirições de 1258, foi taxada por D. Dinis em 70 libras anuais para custear a guerra contra os mouros. Entre os séculos XVI-XVIII, o Colégio de Jesus de Bragança deteve aqui bens patrimoniais. Tanto a Igreja matriz de São Cipriano, edificada no interior da povoação, como a Capela de Santo Amaro, implantada 1 km a Sudeste, num cabeço de 819 mt, têm existência secular.


Igreja de São Sebastião, Formil. Santo Padroeiro contra a peste, a fome e a guerra!

Formil pertence à freguesia de Gostei, juntamente com a aldeia de Castanheira e o Fundo da Veiga. Dista 8km a Oeste de Bragança, implantada na meia encosta que sobe para a serra da Nogueira, a 850 mt de altitude. As Fragas do Castro, ou Feira dos Mouros, sitas num cabeço sobranceiro ao povoado, ‘falam-nos’ de presença humana do tempo Celta dos Zoelas. Em meados do século XIII, Filmir era foreira do rei D. Afonso III, com alguns casais adstritos ao Mosteiro do Castro de Avelãs.


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