Paulo Cordeiro Salgado

A nossa “Casa Comum” (ainda e sempre, riscos globais e biodiversidade) - II

É fácil acreditar que o grande compositor Joseph Haydn, piedosíssimo, terá afirmado; «Nunca fui tão devoto como quando estava a trabalhar na Criação…todos os dias ajoelhava-me e pedia a Deus que me desse a força para terminar a obra com sucesso […] espero que permaneça por muito tempo”. Li no folheto distribuído pela Gulbenkian Música, na apresentação desta obra no auditório, em 13 e 14 de 20201: «Ao invés de uma abertura canónica, Haydn introduz a Representação do Caos, o nada do qual Deus criou o Mundo.


A nossa “Casa Comum” (ainda e sempre, riscos globais e biodiversidade) - I

A expressão “Riscos globais e biodiversidade” – que recolhi na obra com o mesmo nome, de Maria Amélia Martins-Loução, publicada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) – traduz imensas preocupações, de que já o Papa Francisco amplamente tratara na Carta Encíclica Laudato Si (edições Paulinas, 2015). A expressão “Casa Comum” é, como sabeis, este Planeta que habitamos. Vale a pena refletir sempre sobre as preocupações de Francisco, também de Maria Amélia Martins-Loução e de outros autores, e sobre as propostas que nos apresentam.


A propósito da “descolonização da língua portuguesa”

Confesso a minha admiração pela afirmação da escritora moçambicana, Paulina Chiziane, proferida na cerimónia de entrega do Prémio Camões: “Para quem vem do chão, estar aqui diante do Governo português, do Governo brasileiro, do corpo diplomático e de várias personalidades é algo que me comove profundamente. Caminhei sem saber para onde ia, mas cheguei a algum lugar, que é este prémio”. Caminheira de percursos, criadora de originalidades, guardadora de marcas, orgulhosa do tempo e do espaço – eis uma personalidade que deve encher de orgulho os falantes da nossa Língua.


Liberdade de expressão – revisitar alguns clássicos

screve-se no prefácio à obra do grande poeta John Milton (1608-1674) Areopagítica - Discurso sobre a liberdade de expressão, Almedina, janeiro de 2009 (feito por Jónatas Machado): «A sociedade é um espaço em que se digladiam diferentes visões do Mundo e em que tudo tem de ver com tudo». Antes de prosseguir estas minhas simples notas reflexivas, deixai-me, leitores, introduzir três pontos.


Nave dos Loucos ou Planeta dos Loucos?

Respigo algumas notícias recentes.
Como resultado da ajuda militar dos EUA e de muitos estados europeus, a Ucrânia tornou-se na terceira maior importadora de armamento em 2022. – Expresso, 13 de março de 2023.
China e Rússia criticam pacto militar entre EUA, Austrália e Reino Unido – várias notícias nos Média.
A Coreia do Norte lança frequentemente mísseis intercontinentais – notícias recorrentes
Sindicatos em França prolongam greve geral por tempo indeterminado - SIC Notícias 08.03.2023.


O “Grito”, a Guerra e os Terramotos na Turquia e Síria

«Há muita gente que neste País [neste mundo] troveja em vez de refletir, há muita ameaça, muita cólera, que produzem anticorpos da desconfiança, quando tanto necessitamos de sabedoria que empolgue pela eficácia e pela discrição». Desta forma se exprimiu Fernando Namora em Jornal sem data: cadernos de um escritor. Bertrand, 1988. Qual a razão desta nota introdutória?


Violência contra as Mulheres

Retiro do Expresso 50, de 25 de Janeiro - 2023, a frase: «A violência e a discriminação contra mulheres estão presentes em várias esferas da sociedade, e a política não é exceção». Isto, a propósito das ameaças contra a primeira-ministra da Nova Zelândia, que renunciou ao cargo. Estamos perante um problema estudado, debatido e escrito segundo diversas abordagens, mas sem vislumbre de resolução. O que se passa neste nosso Universo Humano? Várias obras nos dão conta, por exemplo: (i) “Humilhação e Glória” de Helena Vasconcelos (HV), Quetzal, 2012.


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