Henrique Ferreira

Professor

50 anos de Abril II. Balanço social II.II.1. Economia

Para fazer o balanço social da «República de Abril» ou «Terceira República Portuguesa», analisaremos as funções sociais do Estado. Começamos pela Economia.
A economia é a segunda função social mais importante em qualquer Estado, depois da Justiça. É ela que determina a riqueza de um Estado e a capacidade de intervenção deste, em qualquer domínio.
Portugal é um país periférico do sistema económico global e semi-periférico no contexto europeu (Stoer, 1986). Isto acarreta dificuldades e custos acrescidos no funcionamento da economia.


50 anos de Abril: II.4. Balanço político – síntese

Houve sucessos, insucessos e, até, retrocessos.
Começarei por dizer que o «Projecto de Abril» é bem conseguido. A Constituição de 1976 é um texto heterogéneo que reflecte o conflito entre os espíritos revolucionário comunista e de extrema-esquerda, de um lado, - que não estava presente no Programa Inicial do MFA -, e os espíritos social-democrata do PS e do PPD e o espírito liberal democrata cristão de parte do PPD e do CDS.


Cinquenta anos de «Abril»: II.2. um balanço político (Continuação)

A partir do falhanço da «maioria silenciosa», em 28 de Setembro de 1974, Spínola demitiu-se e foi substituído pelo General Francisco da Costa Gomes. A mobilização revolucionária aumentou e a Extrema Esquerda (com o Partido Comunista na sombra) tentou controlar o Poder através de manifestações populares e de controle dos III, IV e V governos provisórios, presididos pelo Coronel Vasco Gonçalves.


A feira das promessas

Proximidade às eleições é tempo de promessas e de ilusões. Os candidatos comportam-se como animais predatórios e a «selva» reclama garras afiadas. São muitos os chamados mas poucos os escolhidos. Libertária e neo-burguesa em aspiração, a cultura dos portugueses só reclama a social-democracia, ajudada pela mudança das caras na televisão. Assim tem sido desde há 50 anos.


Assinaturas MDB