Henrique Ferreira

Professor

A Inteligência Artificial ao serviço do Bem Comum

Embora o dia primeiro de Janeiro, Dia Mundial da Paz, já tenha passado há quase um mês, é sempre útil refletir sobre a Mensagem do Papa Francisco para este dia e para o presente Ano, 2024, difundida a partir de 8 de Dezembro de 2023.
O nosso Papa intitulou a mensagem como «A inteligência Artificial (IA) ao serviço do bem comum» e procurou construir um referencial-guia para a prossecução do mesmo Bem através dela (da IA).


O Natal e as eleições: a importância do recomeço

Os cristãos festejam o Natal como o nascimento de Jesus Cristo, a celebração da família e o início de uma ideologia religiosa que se chama Cristianismo. Uma ideologia que prega a união entre as pessoas e a vivência da vida segundo os valores da obediência às leis de Deus. Os cristãos iniciais fundaram assim uma filosofia de vida que acredita numa segunda vida, para além da morte física, reservada aos crentes e seguidores daquelas leis.


Política, Justiça e dignidade humana

Política é a definição das condições do Bem Comum, das formas de alcançá-lo e da liberdade de cada um na Sociedade e perante o Estado. Justiça é o juízo sobre o valor e o mérito das acções, institucionais, colectivas ou individuais, à luz dos valores, das normas e das regras estabelecidos nos documentos orientadores e normativos emanados da Política e da tradição.


O resgate do «25 de Abril»

O 25 de Novembro de 1975 (doravante, 25 de Novembro) foi o fim de um processo de recuperação da democracia liberal contra as tentativas de transformação do país numa ditadura comunista através de movimentos de vanguarda revolucionária nos quais o Partido Comunista não dava a cara e apenas legitimava as transformações.
O 25 de Novembro é assim uma data decisiva na instituição da democracia, não pelo dia em si mas pelo processo que representa, desde Junho de 1975.


Precipitações

Os dias 7, 9 e 11 de Novembro de 2023, em Portugal, constituirão datas a recordar e evocar.
No primeiro dia, o Primeiro-Ministro (PM) anunciou, às 20h00, o seu pedido de demissão e consequente pedido de demissão do Governo (XXIII Constitucional, 30-3-2022 a 2?-12-2023) por causa de uma notícia relativa a uma possível investigação sobre si, sobre pessoal do seu Gabinete, sobre um influencer, sobre pessoas de duas empresas e sobre o Ministro João Galamba.


Que paz, aqui!

Quando pensamos na guerra e, em particular, nas guerras palestiniano-israelita e russo-ucraniana, sentimos que vivemos em paz. E, no entanto, temos problemas variados: de segurança e ordenamento; de desigualdade económica, social, de género e educacional; de degradação ambiental, e, até, de desestruturação de valores civilizacionais e culturais, que gostaríamos de não ter. Porém, parece não haver problemas maiores relativamente à nossa capacidade de diálogo e entendimento. Enquanto na relação Ucrânia-Rússia e Israel-Palestina ela não existe.


A dissolução de «Roma», tempo II

«Roma» representa aqui a civilização ocidental democrático-liberal, em risco de dissolução face à ameaça da sua descaracterização racial, étnica, cultural e religiosa. Esta descaracterização não seria um mal em si mesma se planeada, aculturada e controlada. Em hordas e em passo acelerado representa a possibilidade de conflitos comunitários graves, sejam eles de origem racial, étnica, cultural ou religiosa ou mais que de uma ou de todas em conjunto.


Os problemas sociais na habitação. V - Que Soluções?

«Paz, pão, saúde, educação, habitação», diz a canção de Sérgio Godinho como ideal do «25 de Abril», cujos 50 anos sobre o início do Golpe se comemoraram no passado dia 8, no Monte Sobral, em Alcáçovas, concelho de Viana do Alentejo. Ali, sob o patrocínio do Presidente da República e do Primeiro-Ministro, muitos dos capitães e de outros oficiais que prepararam o Golpe, reviveram as peripécias e motivações preparatórias do derrube da Ditadura Marcelista.


Problemas sociais da habitação, em Portugal – IV – O impasse

A habitação, em Portugal, anda em bolandas. Pelo visto, em todo o Mundo Ocidental mas, a nós, dói-nos a portuguesa.
O tema tornou-se mais pertinente e discutido graças à carestia dos preços para compra e para arrendamento, agravados constantemente pela ausência de oferta por parte dos agentes do Mercado Imobiliário. O Governo tentou responder mas os seus diferentes programas – Porta 65, 1º Direito e subsídios às prestações a pagar– não deram grande resultado. E o «Mais Habitação» foi contestado por quase todos os agentes e acabou vetado pelo Presidente da República.


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