Henrique Ferreira

Professor

50 anos de Abril: II.4. Balanço político – síntese

Houve sucessos, insucessos e, até, retrocessos.
Começarei por dizer que o «Projecto de Abril» é bem conseguido. A Constituição de 1976 é um texto heterogéneo que reflecte o conflito entre os espíritos revolucionário comunista e de extrema-esquerda, de um lado, - que não estava presente no Programa Inicial do MFA -, e os espíritos social-democrata do PS e do PPD e o espírito liberal democrata cristão de parte do PPD e do CDS.


Cinquenta anos de «Abril»: II.2. um balanço político (Continuação)

A partir do falhanço da «maioria silenciosa», em 28 de Setembro de 1974, Spínola demitiu-se e foi substituído pelo General Francisco da Costa Gomes. A mobilização revolucionária aumentou e a Extrema Esquerda (com o Partido Comunista na sombra) tentou controlar o Poder através de manifestações populares e de controle dos III, IV e V governos provisórios, presididos pelo Coronel Vasco Gonçalves.


A feira das promessas

Proximidade às eleições é tempo de promessas e de ilusões. Os candidatos comportam-se como animais predatórios e a «selva» reclama garras afiadas. São muitos os chamados mas poucos os escolhidos. Libertária e neo-burguesa em aspiração, a cultura dos portugueses só reclama a social-democracia, ajudada pela mudança das caras na televisão. Assim tem sido desde há 50 anos.


Eleições e construção da paz social

Vivemos tempos muito agitados e, por isso, vale a pena refletir no contributo das eleições para a pacificação da sociedade, até porque só falta um mês para as legislativas do dia 10 de Março. Está em causa a constituição do Parlamento Nacional que desenvolverá a 16ª Legislatura da Terceira República Portuguesa (desde 1976) e a designação do 120º Primeiro-Ministro (desde 1821) e do XXIV Governo Constitucional da III República (desde 1976).


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