Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Cortar sonhos aos jovens

A reunião do Conselho de Ministros da passada quinta-feira aprovou aquilo que promete ser uma machadada forte nas aspirações de milhares de jovens de prosseguirem os seus estudos no Ensino Superior, coartando as legítimas ambições de subir na escada social, ao mesmo tempo que afeta a sustentabilidade de várias instituições, sobretudo as do Interior do país.


(In)decisões

Ao longo de mais de 900 anos de história, Portugal vai seguindo o rumo de navegação à vista, com raras exceções de planeamento atempado, ordenado e eficaz.
A gesta dos Descobrimentos, pela mão de D. João II, bem como a própria criação do Reino de Portugal independente, sob a pena de D. Afonso Henriques, terão sido alguns dos poucos momentos em que a ação correspondeu a um planeamento aturado e cuidado.


O rebanho acorreu a receber o seu pastor

Se dúvidas houvesse quanto à necessidade de um rebanho manter uma estreita ligação com o seu pastor, elas ficaram desfeitas no passado domingo, com a Catedral de Bragança cheia de fiéis para acolher o novo bispo de Bragança-Miranda, depois de 17 meses em sede vacante.
O novo bispo de Bragança-Miranda apresentou-se ao povo de forma humilde e de coração cheio, permitindo mesmo um vislumbre dos seus dotes com a viola, junto dos jovens da diocese.
Uma proximidade que vai para lá das palavras e que tocou fundo o coração dos fiéis, que ansiavam pela chegada do novo bispo.


Bem vindo, D. Nuno

Depois de ano e meia de espera, a diocese de Bragança-Miranda recebe, este domingo, o seu 45.º pastor, o bispo D. Nuno Almeida.
O novo prelado chega já com quase oito anos de experiência e calejado dos problemas que afetam as dioceses do interior do país, ou não fosse originário de uma delas, Viseu.
Antes da chegada oficial à diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida esteve à conversa com o Mensageiro de Bragança, jornal oficial desta diocese há 83 anos, ininterruptamente.


A futebolização da política

O Dia de Portugal, das Comunidades e de Camões, cujas comemorações foram, este ano, em Trás-os-Montes (na Régua) ficaram marcadas pelas manifestações de professores contra o Primeiro-Ministro de Portugal.
O uso de cartazes com a figura de António Costa transformada na cara de um porco, com dois lápis espetados nos olhos, foi o tema da discussão, mais até do que o discurso agrícola do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a necessidade de podar ramos mortos sob pena de afetar toda a árvore.


A Agricultura e o ambiente

Ao longo de séculos, os poucos transmontanos que por cá andavam, foram cuidando da paisagem da sua região com afinco.
A agricultura, de subsistência, com solos pouco férteis, ao contrário do que acontecia em zonas do Minho ou Ribatejo e sem a mesma extensão de terra disponível para cultivo como no Alentejo, teve um papel fundamental. Era a terra que havia e os nossos antepassados cuidaram dela o melhor que podiam.


A realidade e a perceção

No início desta semana, o Jornal de Notícias publicou um excelente trabalho sobre o estado da economia de Portugal.
Concluiu o JN que, em termos gerais, o país está melhor do que quando começou a pandemia. Essa é a realidade. Mas a perceção do cidadão comum é que essas melhorias gerais não chegaram ao seu bolso. Pelo contrário.
Se a dívida pública do país desceu de 125,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para 114,7, o facto é que, em termos absolutos, o país deve mais, pois o valor subiu 3,3 mil milhões de euros.


Bem vindo!

Fez-se luz. D. Nuno Almeida foi finalmente anunciado como bispo eleito da diocese de Bragança-Miranda, o 45.º da história.
Uma nomeação que vem sossegar os corações mais desassossegados e transmitir tranquilidade e serenidade.
Como se ouviu dizer ao longo destes meses em que a diocese esteve em ‘sede vacante’ (sem bispo), um rebanho precisa de um pastor.
D. Nuno Almeida é homem experiente (era, desde 2015, bispo auxiliar da Arquidiocese de Braga).


Luzes ao fundo do túnel

Depois da alegada crise entre Governo e Presidente da República, as águas acalmaram, finalmente. Pode ser a acalmia que antecede a tempestade mas, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Depois de duas crises globais consecutivas - pandemia de covid-19 e Guerra na Ucrânia - a economia começa a dar sinais de recuperação. Ainda esta semana, as notícias vindas de bruxelas diziam que a Comissão Europeia tinha revisto em alta as previsões para a economia portuguesa.


Assinaturas MDB