Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Cuidar da casa de todos nós

Esta semana, o Papa Francisco pediu aos líderes mundiais que façam “algo mais concreto” no combate aos efeitos das alterações climáticas, lembrando que as recentes ondas de calor em muitas partes do mundo e as inundações em países como a Coreia do Sul mostram que são necessárias acções mais urgentes.
“Por favor, renovo o meu apelo aos líderes mundiais para que façam algo mais concreto para limitar as emissões poluentes”, disse o Papa no final da sua oração de Angelus, no domingo, para as multidões na Praça de São Pedro, citado pela imprensa.


Votar o interior ao esquecimento

Os agricultores portugueses pediram ao Presidente da República que incluisse o “mundo rural” entre os temas que vão a debate do estado da nação.
Segundo o jornal Público, os agricultores defendem que é preciso rever o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum, acabar com a desarticulação existente no Ministério da Agricultura e definir medidas concretas de combate à falta de água.


Cortar sonhos aos jovens

A reunião do Conselho de Ministros da passada quinta-feira aprovou aquilo que promete ser uma machadada forte nas aspirações de milhares de jovens de prosseguirem os seus estudos no Ensino Superior, coartando as legítimas ambições de subir na escada social, ao mesmo tempo que afeta a sustentabilidade de várias instituições, sobretudo as do Interior do país.


(In)decisões

Ao longo de mais de 900 anos de história, Portugal vai seguindo o rumo de navegação à vista, com raras exceções de planeamento atempado, ordenado e eficaz.
A gesta dos Descobrimentos, pela mão de D. João II, bem como a própria criação do Reino de Portugal independente, sob a pena de D. Afonso Henriques, terão sido alguns dos poucos momentos em que a ação correspondeu a um planeamento aturado e cuidado.


O rebanho acorreu a receber o seu pastor

Se dúvidas houvesse quanto à necessidade de um rebanho manter uma estreita ligação com o seu pastor, elas ficaram desfeitas no passado domingo, com a Catedral de Bragança cheia de fiéis para acolher o novo bispo de Bragança-Miranda, depois de 17 meses em sede vacante.
O novo bispo de Bragança-Miranda apresentou-se ao povo de forma humilde e de coração cheio, permitindo mesmo um vislumbre dos seus dotes com a viola, junto dos jovens da diocese.
Uma proximidade que vai para lá das palavras e que tocou fundo o coração dos fiéis, que ansiavam pela chegada do novo bispo.


Bem vindo, D. Nuno

Depois de ano e meia de espera, a diocese de Bragança-Miranda recebe, este domingo, o seu 45.º pastor, o bispo D. Nuno Almeida.
O novo prelado chega já com quase oito anos de experiência e calejado dos problemas que afetam as dioceses do interior do país, ou não fosse originário de uma delas, Viseu.
Antes da chegada oficial à diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida esteve à conversa com o Mensageiro de Bragança, jornal oficial desta diocese há 83 anos, ininterruptamente.


A futebolização da política

O Dia de Portugal, das Comunidades e de Camões, cujas comemorações foram, este ano, em Trás-os-Montes (na Régua) ficaram marcadas pelas manifestações de professores contra o Primeiro-Ministro de Portugal.
O uso de cartazes com a figura de António Costa transformada na cara de um porco, com dois lápis espetados nos olhos, foi o tema da discussão, mais até do que o discurso agrícola do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a necessidade de podar ramos mortos sob pena de afetar toda a árvore.


A Agricultura e o ambiente

Ao longo de séculos, os poucos transmontanos que por cá andavam, foram cuidando da paisagem da sua região com afinco.
A agricultura, de subsistência, com solos pouco férteis, ao contrário do que acontecia em zonas do Minho ou Ribatejo e sem a mesma extensão de terra disponível para cultivo como no Alentejo, teve um papel fundamental. Era a terra que havia e os nossos antepassados cuidaram dela o melhor que podiam.


A realidade e a perceção

No início desta semana, o Jornal de Notícias publicou um excelente trabalho sobre o estado da economia de Portugal.
Concluiu o JN que, em termos gerais, o país está melhor do que quando começou a pandemia. Essa é a realidade. Mas a perceção do cidadão comum é que essas melhorias gerais não chegaram ao seu bolso. Pelo contrário.
Se a dívida pública do país desceu de 125,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para 114,7, o facto é que, em termos absolutos, o país deve mais, pois o valor subiu 3,3 mil milhões de euros.


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