Diocese

Encontro dos Agentes Pastorais

Publicado por AGR em Qui, 2023-09-21 10:03

Decorreu no passado sábado, no seminário de S. José, em Bragança, o primeiro encontro dos Agentes Pastorais da diocese desde que D. Nuno Almeida tomou posse como bispo de Bragança-Miranda.

O prelado fez a abertura e, depois, deu a palavra ao reitor do Seminário Maior Interdiocesano de S. José (Braga), Cón. António Jorge, que apresentou a todos o funcionamento e dinâmica da estrutura interdiocesana. No presente ano letivo o seminário terá 16 alunos, sendo um deles de Bragança-Miranda.

O Pe. José António Machado, do presbitério de Bragança-Miranda, é ecónomo e formador da Configuração I daquele seminário.

A seguir, o Pe José António, na qualidade de delegado diocesano para os Congressos Eucarísticos, convidou à participação no Congresso eucarístico nacional e no Congresso Eucarístico Internacional.

Decorreram trabalhos de grupo com os agentes pastorais presentes e foram apresentadas algumas sugestões para o novo projeto pastoral da diocese.

Na sua intervenção, D. Nuno Almeida sublinhou que “a Igreja não é museu, mas ‘estaleiro’”.

“O Sínodo, que o Papa Francisco convocou, é, antes de tudo, para reacender e espalhar o fogo do amor recíproco, que torna acessível a presença de Jesus Ressuscitado no meio de nós. O objetivo principal, deste importante acontecimento em que temos a alegria de participar, não é o de acrescentar ou multiplicar documentos, estruturas e atividades, mas, antes de tudo, fazer-nos experimentar uma nova maneira de nos relacionamos nos vários âmbitos onde vivemos e trabalhamos.

Estamos, então, todos convocados, pelo Papa Francisco, para uma “peregrinação” especial, pois “sínodo” significa caminhar juntos, num projeto concreto e exigente de conversão comunitária. O Sínodo prepara-se, celebra-se e vive-se em comunhão”, sublinhou.

D. Nuno Almeida pediu, ainda, que “ninguém diga: estou-me nas tintas para o projeto pastoral”, em construção.

“Procuremos elaborar juntos, sinodalmente, o Projeto Pastoral 2023-26 e o Plano Pastoral para 2023/2024. Temos consciência de que ainda não nos é possível perceber, em toda a sua extensão, o impacto pastoral da JMJ e os frutos do processo sinodal em curso. Mas é possível, pelo menos, a partir da fase diocesana do processo sinodal e do Instrumentum Laboris, da experiência da JMJ e dos vários dinamismos pastorais suscitados por este grande evento eclesial, perceber alguns sinais indicadores para a nossa vida pastoral, nomeadamente:

A necessária força congregadora e mobilizadora de um grande objetivo comum ou de um desígnio maior, de metas concretas, de prioridades pastorais, seja a nível paroquial, unidade pastoral, arciprestal ou diocesano. Envolvendo também os movimentos, obras e novas comunidades.

A relevância da dimensão simbólica, alegre e festiva da fé, com as suas novas linguagens e expressões.

O apreço pela cultura do encontro, do acolhimento, da convivialidade.

A eficácia pastoral do trabalho em rede, do envolvimento e da participação ativa de todos e da reorganização das estruturas pastorais, segundo o princípio da subsidiariedade.
A atualidade de uma nova etapa evangelizadora marcada pela alegria (cf. EG 1). Todos têm direito à alegria do Evangelho e nós temos obrigação de nos unirmos para a anunciar, celebrar e testemunhar!

Somos todos convocados para participar, unidos e com alegria, num processo de discernimento pastoral:
Reconhecer e registar aspetos da vida social e religiosa que revelam mudanças importantes.

Apontar elementos para interpretar a vida social e pastoral em mudança a partir da Palavra de Deus e do Magistério do Papa Francisco, especialmente da EG, do IL do Sínodo, etc. Há que ter presente a visão de Igreja e o respetivo modelo pastoral.

Decidir sobre um objetivo geral para o próximo triénio, bem como metas para cada ano e prioridades de ação”, apontou.

Pediu, ainda, “uma cultura de vigilância” e “um Manual de Boas Práticas e de Formação.

“Perante indícios de crime, não hesitar em avisar as autoridades civis (Ministério Público, GNR, PSP e eclesiásticas (Comissão Diocesana de Proteção, o Bispo ou Vigário-Geral da Diocese; ou, a nível nacional: o “Grupo Vita” e a Procuradoria-Geral da República)”, disse.

A fechar, destacou que “a atitude fundamental terá de ser a de “perder” tempo com os jovens: conhecê-los, ouvi-los e crescer com eles”.

Que o amor pelos seminários seja expresso em gestos de oração, de afeto e de partilha material generosa. Sobretudo, convidemos os adolescentes e jovens para conhecer os nossos Seminários”, disse.

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