A opinião de ...

Papa tenta inspirar política e negócios

Segundo noticiou a agência Ecclesia, o Vaticano anunciou no passado dia 21 a criação da Fundação “Fratelli tutti”, apresentada como “um laboratório para o futuro”, a partir da encíclica assinada pelo Papa Francisco a 3 de outubro de 2020.
De acordo com a mesma notícia, o cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica de São Pedro, vigário-geral do Papa na Cidade do Vaticano e presidente da Fábrica de São Pedro, refere em entrevista ao portal ‘Vatican News’ as prioridades do novo projeto, que aborda temas ligados ao meio ambiente, a política e os negócios.
“Sem uma visão partilhada, o mundo torna-se insuportável”, assinala o responsável.
Os projetos da Fundação envolvem áreas da formação académica, arte sacra, economia ou startups.
“A intenção é envolver também outros atores da sociedade civil, do mundo empresarial e das instituições para projetar juntos alguns dos caminhos que gostaríamos de pôr em prática”, indica o cardeal Mauro Gambetti.
O colaborador do Papa destaca o papel das novas gerações e adianta que, no início do próximo ano, já deverão estar a decorrer “algumas iniciativas ligadas ao binómio arte e espiritualidade”.
“A ideia é realizar algumas semanas de encontro, de tipo residencial, para permitir que as pessoas se encontrem, partilhem, reflitam sobre certas temáticas e depois tentar fazer emergir uma nova ideia ou uma nova abordagem”, precisa.
O arcipreste da Basílica de São Pedro acrescenta que o projeto quer ajudar a “pensar em novas formas de fazer política”.
Esta é mais uma iniciativa do Papa para intervir na sociedade mundial e não de mera cosmética.
Este Papa, como se tem visto, pretende mesmo erradicar alguns dos males que vão corroendo a sociedade e moralizar alguns dos setores da sociedade, como a política ou os negócios.
Uma ideia que deveria fazer escola também por cá, em que os taticismos e os jogos políticos baralham as contas de empresários e cidadãos.
Os partidos estão cada vez mais fechados sobre si mesmos e nos seus gabinetes a cheirar a mofo, afastando-se do comum dos cidadãos, dos seus anseios e preocupações.
O discurso político é feito de chavões, ideias e frases feitas, gastas pelo tempo.
As novas gerações querem saber cada vez menos desta atividade.
E uma sociedade deinteressada é uma sociedade entorpecida, sem poder de intervenção na condução dos seus destinos.
Males que se hão de pagar mais tarde, no futuro.
Ora, a forma como será o nosso futuro deveria preocupar-nos a todos sem exceção.

Mais não seja, porque é lá que vamos passar o resto das nossas vidas...

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