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Com a promessa de aprovação do Orçamento de Estado, o mês de novembro, que se antevia explosivo para Portugal, tornou-se, de repente, numa acalmia generalizada.
Os espaços de comentários nas TVs, que ameaçavam duelos encarniçados, andam, agora, sem rumo, à procura de novos temas para tanto comentador.
Com a garantia de aprovação de Orçamento vem, também, a garantia de estabilidade governativa até pelo menos 2026, quiçá 2027 (se bem que isto dos prognósticos é melhor guardá-los só para o fim do jogo, pois como a queda do Governo anterior provou, nisto da política não há certezas).
Sem grande espaço para novelas nacionais, os partidos podem, agora, virar-se para as novelas locais, ou não nos estivessemos a aproximar de um momento decisivo no que às eleições autárquicas diz respeito.
O ato eleitoral está marcado para o final do próximo verão e é altura de afiar as facas e encontrar algum candidato ainda em falta.
No Partido Socialista, o segredo do momento é o nome do candidato à Câmara de Bragança. Muito surpreenderia que não fosse a deputada e investigadora Isabel Ferreira a escolhida.
Em Mirandela, a presidente Júlia Rodrigues parece cada vez mais afastada da ideia de um terceiro mandato, por motivos familiares.
Sobrinho Teixeira, que sempre foi o preferido da anterior Federação Distrital (presidida por Berta Nunes) para encabeçar a candidatura à Câmara de Bragança, chegou a ser convidado para assumir o desafio. No entanto, a mágoa pela forma como foi tratado pela atual direção do partido no processo de composição das listas nas eleições legislativas de março terá levado à recusa. E José Silvano está à espreita de um regresso pelo PSD...
Certo é que o nome de Sobrinho Teixeira continua a ser falado em muitos quadrantes do PS de Bragança e um nome a ter em conta no imaginário popular, que já se tinha convencido de que seria mesmo o antigo presidente do Instituto Politécnico de Bragança, onde deixou obra reconhecida, a ser o candidato à Câmara.
Do lado do PSD, as recentes eleições para a concelhia deixou feridas abertas, que demorarão algum tempo a ser saradas.
Paulo Xavier é o presidente em exercício e será o candidato natural. Assim a Distrital, presidida pelo anterior presidente, Hernâni Dias, queira e o próprio aceite. Mas uma coisa o PSD de Bragança já habitou os eleitores: podem andar todos à bulha mas, quando chega o momento das eleições, cerram fileiras em torno do objetivo comum.
Em Macedo de Cavaleiros, os Sociais Democratas tentam tirar um coelho da cartola e terão sondado o atual provedor da Santa Casa da Misericórdia local. Já no PS, apesar de ter visto a oposição interna vencer as eleições da Concelhia, Benjamim Rodrigues saiu reforçado ao assumir a presidência da Federação Distrital. É que por mais que a concelhia quisesse ver outro(a) candidato(a), o presidente da Distrital tem uma palavra a dizer...
Em Vimioso, com Jorge Fidalgo fora da corrida (ia no terceiro e último mandato quando saiu para assumir a Segurança Social), o PS viu renascer a esperança de reconquistar a Câmara.
Em Vinhais, o PSD estará a preparar uma surpresa com o possível apoio a Carla Alves, esposa do antigo presidente da Câmara do PS, Américo Pereira.
E ainda só vamos nos primeiros capítulos...

Edição
4009

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