Torre de Moncorvo

Associações juvenis sofrem com o despovoamento porque há cada vez menos jovens disponíveis

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2022-12-15 09:50

O despovoamento está a afetar o movimento associativo juvenil no distrito de Bragança, onde há cada vez menos juventude para rejuvenescer as associações. “Além de haver cada vez menos jovens, muitos também não têm disponibilidade porque vão estudar para fora, longe de casa, e não têm tempo”, explicou Tito Resende, vogal da direção da FNAJ – Federação Nacional das Associações Juvenis, à margem do V Encontro de Associações Juvenis do Distrito de Bragança, que teve lugar no Cine -Teatro de Torre de Moncorvo, no passado fim-de-semana.
Algumas associações estão a deixar de ser RNAJ. “Os presidentes têm mais de 30 anos e as associações estão a passar para a designação de associações de caráter juvenil, que não é bem a mesma coisa. Apesar de ainda poderem ter o financiamento do IPDJ é um valor mais diminuto. Esta é a realidade”, referiu Tito Resende, que assume o despovoamento como o principal problema do associativismo no distrito. “Estas mudanças de que falei acontecem porque as associações não conseguem manter um presidente com idade inferior ou até aos 30 anos”, acrescentou.
No passado sábado a FNAJ realizou o V Encontro com a participação de mais de 100 jovens, de cerca de 20 associações juvenis. “É uma forma de os dirigentes se conhecerem e de mostrarem o que fazem as associações. Todos anos há novas associações”, explicou Tito Resende. A FANJ este ano teve uma redução de perto de 20% face a 2021 nos apoios do Instituto Português do Desporto e da Juventude e contou com a ajuda do Município de Torre de Moncorvo na comparticipação do almoço do encontro. “Algumas associações perderam apoios financeiros, mas isso ainda não compromete o seu funcionamento, embora seja preciso reiventá-las e pensar em alternativas. Outras até tiveram majoração de verbas”, observou Tito Resende.

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