Cultura de pistácios cresce em várias áreas do distrito de Bragança

A cultura de pistácios na região mais temperada do Nordeste Transmontano está a ser encarada como recurso com grande potencial produtivo, sendo um fruto seco com escoamento garantido, havendo já apostas consideráveis para o seu cultivo.
Em concelhos do Douro Superior, Vale da Vilariça e Douro Internacional, há produtores a apostar nesta cultura, que apesar de levar sete a oito anos a dar fruto não baixam os braços.
O Mensageiro visitou duas das maiores produções nestes territórios, onde os produtores esperam colher os dividendos das suas produções, mas com o devido tempo de espera.
Cátia Afonso, uma produtora de pistácios com uma exploração de 28 hectares e 9.324 árvores no Vale da Vilariça disse que o desafio começou em 2017, após ter realizado um estudo para investir nesta área agrícola e fazer algo de diferente.
“Já tínhamos outra cultura, o olival. Mas como gostamos de sair fora da caixa e como temos um perfil para correr riscos, pesquisámos e concluímos que iríamos investir nos frutos secos, com incidência nos pistácios”, disse a empresária agrícola.
Cátia Afonso tem a noção de que a cultura dos pistácios demora algum tempo até se conseguir a primeira colheita e trata-se de “uma cultura nova no território, onde ainda há pouco conhecimento” das técnicas que a sua exploração envolve.
“No que respeita ao maneio e mecanização dos terrenos, é muito idêntica a outras culturas, como o olival ou o amendoal”, acrescentou.