A opinião de ...

Nove anos depois...

Jorge Nunes foi presidente da Câmara de Bragança durante quatro mandatos consecutivos, entre 1997 e 2013, numa altura de grande dinâmica e convulsão social no Nordeste Transmontano.
Reunindo mais ou menos adeptos, é indubitável que deixou a sua marca quer no concelho, enquanto autarca, quer na região, enquanto líder de várias lutas.
Foi o presidente de Câmara mais tempo em exercício no concelho de Bragança desde 1820.
É, por isso, uma figura incontornável na história recente do Nordeste Transmontano.
Desde 2012, altura em que exercia o último mandato à frente do Município, que o pedido de uma entrevista estava feito.
Nove anos depois, com algumas das convulsões então vividas já mais arrumadas no passado e com o tempo a ajudar a colocar as coisas em perspetiva, é chegada a hora de recordar algumas das batalhas então travadas.
O lançamento recente do livro sobre os três congressos transmontanos e a condecoração pelo Presidente da República proporcionaram a oportunidade de revisitar a história pelos olhos de quem a viveu por dentro e de quem liderou processos.
Uma entrevista que, apesar de extensa (por isso dividida por duas edições), deixou muito por abordar, dada a riqueza dos momentos vividos ao longo desses 16 anos.
No exercício das suas funções, Jorge Nunes conviveu com três bispos da diocese de Bragança-Miranda (D. António Rafael, D. António Montes e D. Jorsé Cordeiro), com cinco Primeiros Ministros (Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, Sócrates e Passos Coelho).
Atravessou processos como a construção da barragem de Veiguinhas, da Autoestrada Transmontana, do fecho de maternidades no distrito.
A sua passagem pela Câmara de Bragança não deixou ninguém indiferente.
Impunha-se, por isso, uma conversa para revisitar, agora com a poeira assente, alguns dos mais conturbados processos dos últimos anos, quer sociais quer políticos.
Nesta primeira parte, fala-se de projetos, passados e futuros.
Nesta conversa, de quase hora e meia, falou-se ainda de lutas políticas e partidárias, com a oposição e o próprio partido.
Mas essa parte fica para a próxima semana...

Edição
3891

Assinaturas MDB