Biblioteca promove caminhada para dar a conhecer os rios Fervença e Sabor

Para combater a desinformação na área do ambiente e sobre os recursos hídricos, a Biblioteca Municipal de Bragança organizou uma caminhada da informação, no passado sábado, com o objetivo de chamar a atenção para os rios Fervença e Sabor.
Mais de meia centena de pessoas, nomeadamente alunos do Instituto Politécnico e da Escola Abade de Baçal, aderiram à chamada que começou na biblioteca e levou os participantes pelo circuito dos rios Fervença e Sabor com paragens para explicações. A organização propôs também um jogo de cartas, mas umas especiais. Os caminheiros tiravam uma carta de um baralho e cada uma continha afirmações, muitas delas mitos sobre o ambiente, que a investigadora Ana Geraldes esclarecia. “É um projeto que luta contra a desinformação na área ambiental. Escolhemos os recursos hídricos porque ainda há muita desinformação sobre o funcionamento dos rios, dos lagos e das albufeiras. O problema é que estes ecossistemas de água doce são dos mais ameaçados do mundo e são aqueles que estão mais próximos e de que a humanidade mais precisa e depende, pois para tudo é necessária água. A degradação destes ecossistemas é preocupante”, explicou Ana Geraldes, docente e investigadora do IPB.
Um dos locais que mais dúvidas suscitou foi a ETAR de Bragança, localizada próxima do rio Fervença e do castelo, devido ao impaco visual e aos maus odores. “O Fervença é um rio urbano e como todos os rios deste género têm os seus problemas. Está um bocadinho degradado. Nesta zona do polis foi canalizado e artificializado, mas os rios não o devem ser sob pena de degradarmos a biodiversidade e a qualidade da água”, afirmou Ana Geraldes.