Festas da Cidade foram das mais participadas dos últimos anos
As Festas da Cidade de Bragança de 2024 foram das mais participadas de sempre. Esse é o balanço feito pela autarquia, após quase um mês de festividades em honra de Nossa Senhora das Graças, padroeira da cidade.
“Para mim não há memória de outro [arraial] igual. O dia 21 de agosto, dedicado à raça mirandesa, foi excelente e uma homenagem aos nossos agricultores. Depois, o espetáculo, no Eixo Atlântico, foi o ano em que houve mais pessoas. Era tanta gente que ninguém se conseguia mexer. O fogo de artifício foi qualquer coisa de extraordinária e os Xutos e Pontapés estiveram inexcedíveis. Tocaram mais de duas horas, vieram ao palco três vezes”, resumiu o presidente da autarquia, Paulo Xavier.
As festas começaram ainda no final de julho, com as Verbenas, na Praça Camões, que este ano teve como novidade a exibição de cinema ao ar livre.
“Começando pelas Verbenas, este foi o ano em que atingiram maior pujança. Começámos logo com o cinema ao ar livre, que foi um sucesso, com cerca de 800 lugares sentados que raramente estavam vagos.
As Verbenas são para dar visibilidade aos grupos da terra, que já estão com grande qualidade e as pessoas apreciam”, frisou.
Depois, “a noite da Festa Bragança foi excelente”. “Não se cabia na rua. Isso é positivo. Havia pessoas que vieram à cidade de outros pontos do distrito, do Porto, de Espanha. Veio gente de Madrid propositadamente. A Festa da História também foi excelente. Em termos de visitas ao castelo, tivemos muitas mais e mais voluntários a participar”, sublinhou o autarca.
Paulo Xavier mostra-se recetivo a alterações ao formato da Festa da História no castelo, sobretudo quanto à distribuição dos espaços, que este ano já teve algumas modificações, sobretudo com a instalação de algumas tabernas e tendas junto à Domus.
“Foi um pequeno ensaio. Ainda não fizemos o balanço com a empresa responsável. A mim deu-me a nítida impressão que foi positivo. Tenho uma pequena ideia do que poderíamos melhorar. Há espaço para crescer mas com cautela. Não podemos estragar o que está bem, como é a parte da alimentação e a venda dos restantes produtos. Tem de haver uma simbiose de não dividir e poder aumentar os espaços. Vamos ter de avaliar”, disse.
De acordo com o autarca, o “investimento aumentou um pouco devido à inflação de preços”. “Mas nada de extraordinário para a grande festa que fizemos”, precisou.
Investimento rondou os 800 mil euros
De acordo com dados a que o Mensageiro teve acesso, publicados em Diário da Repíublica, a Festa Verão Bragança ficou orçada em pelo menos 136500 euros, enquanto para a Festa da História o concurso foi de 200 mil euros e 430 mil para os concertos no Eixo Atlântico. Ou seja, o investimento da autarquia rondou os 766 mil euros.
“Começa a ter um nível económico para Bragança de grande escala. Pessoas que vêm, promoção... mesmo na Volta a Portugal, durante três dias não havia sítio para dormir nem para comer”, frisou Paulo Xavier, acreditando que o investimento “compensa”.
Comerciantes satisfeitos
Já a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança (ACISB), o balanço é “muito positivo”. “Havia muita gente. As festas estavam em vários locais da cidade, o que permitiu que os empresários de várias zonas da cidade tivessem usufruído. Este ano trouxeram muita gente à cidade. Não tanto emigrantes, que se notou uma diminuição grande, mas notou-se um aumento grande de turistas, sobretudo espanhóis, franceses e ingleses. Tivemos muita gente na cidade”, frisou a presidente, Maria João Rodrigues.
A mesma responsável frisa que a hotelaria tem estado “sempre cheia, com muitos turistas”. “Mesmo turistas portugueses, mas mais desses três países. Na sua maioria, os hotéis não têm refeições, então enchem os restaurantes. Há já muitos abertos ao sábado e domingo, o que antes não acontecia”, explicou. No entanto, falta mão de obra “em quase todos os setores de atividade”.
