Presidente da Casa de Trás-os-Montes lança desafio às CIM’s para organizar próximo congresso transmontano
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Caiu o pano sobre o quinto congresso transmontano que decorreu, durante o passado fim-de-semana, repartido pelas cidades de Mirandela (sexta), Peso da Régua (sábado) e Lamego (domingo).
Na abertura, em Mirandela, o Presidente da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa, organizadora do evento, apresentou uma proposta para que o congresso passe a ter uma periodicidade de cinco anos e lançou o desafio às comunidades intermunicipais da região para que passem a ser os organizadores do evento. “É muito diferente ser uma entidade pública do que ser uma entidade como a nossa a organizar este tipo de eventos. Faz muito mais sentido que aqueles que estão no terreno organizem este tipo de eventos do que uma associação que está em Lisboa tente organizar alguma coisa pela região. Têm que ser as entidades locais a puxar mais pela região, a debater mais pela região e a fazer tudo pela região”, referiu Hirondino Isaías.
Quanto aos trabalhos do congresso, ainda na cidade do Tua, o presidente da Associação para a Cooperação e Desenvolvimento Nordeste Transmontano e Alto Douro (ADN) deixou ficar a ideia que “são os próprios transmontanos que muitas vezes colocam obstáculos e criam dificuldades ao desenvolvimento da região”, afirmou Alberto Carvalho Neto. “Fazemos um esforço enorme para conseguir atingir os melhores objetivos e encravamos em vários problemas”, acrescenta este dirigente considerando que é necessário apostar numa estratégia regional. “Tem muitas vezes a ver com falta de literacia financeira, de apoio realmente local dos municípios e de uma estratégia regional. Nós somos uma região muito forte agrícola, mas se não fornecermos indústria para cá não vamos conseguir continuar a crescer, portanto temos que olhar para os bons exemplos que se vê no mundo”.