PSP fez 100 detenções no ano passado num dos distritos mais seguros do país
A Polícia de Segurança Pública (PSP) fez, no ano passado, 100 detenções no distrito de Bragança (cidades de Bragança e Mirandela), naquele que é considerado “um dos distritos mais seguros do país”, anunciou o Comandante Distrital, Rui Rocha e Silva, durante as cerimónias de comemoração dos 149 anos deste Comando, na terça-feira.
“Tivemos uma proatividade policial muito relevante.
Em 2024 houve um decréscimo de detenções, o que terá a ver com o facto de as pessoas prevaricarem menos”, sublinhou o Comandante, em declarações as jornalistas.
Segundo anunciou, o Comando Distrital de Bragança deteve 100 cidadãos na sequência de vários ilícitos criminais, nomeadamente:
- 43 detidos por condução sob o efeito do álcool;
- 17 por condução sem habilitação legal;
- 7 por tráfico de estupefacientes;
- Cumprimento de 75 mandados de detenção judiciais.
No âmbito do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade foram efetuadas 93 ações de sensibilização junto da população idosa e 411 contactos individuais de prevenção criminal. Acresce também referir as 209 ações de informação e sensibilização, realizadas pelas Equipas do Programa Escola Segura, nas 34 escolas existentes em Bragança e Mirandela, envolvendo um total de 7039 alunos.
Em matéria de Investigação Criminal foram iniciados 906 inquéritos crime, sendo concluídos 891. Foram constituídos arguidos 383 suspeitos pela prática de vários crimes.
Registaram-se 443 diligências processuais (cartas precatórias), sendo concluídas 430.
No que concerne à segurança rodoviária foram realizadas 392 operações de fiscalização, tendo sido detetadas 2162 infrações. Dos 11355 condutores fiscalizados, 5076 foram submetidos a teste de alcoolemia.
Tendo em conta os dados da criminalidade registados no distrito de Bragança, Rui Rocha e Silva acredita que os 190 efetivos policiais “são os suficientes”.
O Comandante da PSP reafirmou, contudo, o que já tinha dito em entrevista ao Mensageiro, aquando da sua chegada, que até gostaria de ter “o dobro dos efetivos, mas isso seria utópico”.
Nunca estamos satisfeitos com os meios que temos, queremos sempre mais para dar melhor resposta às populações. Temos de ter resiliência e de adaptação a estas contingências, que são próprias da evolução dos recursos humanos na PSP. Isso não nos pode demover de prestar um serviço de excelência e qualidade às populações”, frisou.
Já o Diretor Nacional da PSP, Luís Carrilho, sublinhou algumas medidas para reforçar o recrutamento de agentes da PSP, o que permitiria aos atuais poderem chegar aos distritos mais periféricos, como Bragança, mais cedo nas suas carreiras.
“Assim que a incorporação tiver sido feita, iremos abrir mais uma campanha para reserva de recrutamento, para entrarem outros tantos, ou aquele número que o Governo venha a aprovar”, detalhou Luís Carrilho.
Atualmente, estes cursos para ingressar na carreira de polícia têm a duração de nove meses.
“No nosso planeamento, o que queremos fazer é reduzir o tempo de formação, sem comprometer a qualidade da mesma”, destacou.