Trabalhadores do distrito estão empregados mas cada vez mais pobres

O aumento geral dos salários, horários mais reduzidos e regulados, o fim da precariedade, o reforço dos serviços públicos e a alteração das normas da legislação laboral foram as principais reivindicações defendidas pela secretária-geral da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) na passada quinta-feira, durante o 12º Plenário eleitoral da União dos Sindicatos de Bragança. “As leis não protegem a parte mais fraca da relação de trabalho, que é o trabalhador, nomeadamente a caducidade das convenções coletivas de trabalho com a reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador”, explicou Isabel Camarinha ao Mensageiro.
Para além destes problemas, os trabalhadores do distrito de Bragança enfrentam outras questões laborais, nomeadamente “o agravamento e acentuar das desigualdades, o empobrecimento, a exploração que existe também pela interioridade e pela desertificação do interior, nomeadamente com a redução do número de trabalhadores que reflete a falta de investimento, a deslocalização de industria para outros locais, mas também o encerramento de serviços públicos, onde tem havido desinvestimento”, descreveu a secretária-geral da CGTP.