Planeiem, pela nossa saúde
O ministro da Administração Interna disse, em declarações citadas pelo Jornal de Notícias, que está previsto um investimento superior a 250 milhões de euros até 2026 na modernização tecnológica e fortalecimento das infraestruturas críticas, tendo em conta a sua importância para a segurança nacional.
“No plano de investimentos de natureza plurianual em infraestruturas e equipamentos do Ministério da Administração Interna (MAI) temos previsto nomeadamente para as infraestruturas tecnológicas e para robustecimento das infraestruturas críticas um investimento superior 250 milhões de euros no conjunto dos 600 milhões de euros de investimento na modernização das infraestruturas e equipamentos das forças de segurança”, disse José Luís Carneiro numa visita ao salão internacional da proteção, segurança e defesa (SEGUREX 2022), no dia 12 de outubro.
Na mesma notícia, são identificadas algumas prioridades.
“As infraestruturas críticas são instalações como aeroportos, centrais elétricas, barragens, caminhos-de-ferro, centrais de transportes, portos e todos os locais relacionados com pontos de decisão do Estado, cuja inutilização, em caso de um ataque ou de uma catástrofe, têm consequências graves para a sociedade ou para o país”, lê-se ainda.
Este é o tipo de declarações de fazer eriçar os pelos da nuca a qualquer transmontano, sobretudo aos que têm memória e ainda se lembram bem do filme que foi a retirada do comboio da região.
Se a ferrovia é uma prioridade assim tão evidente, porque é que foi um Governo a fazer cair a linha aqui existente?
Não discuto os méritos do caminho de ferro, pelo contrário. Mas andar neste constante corrupio de fazer e desfazer esgota os (poucos) recursos do país e atrasa a evolução das regiões.
Planeiem, a longo prazo. Pela nossa saúde e a do dinheiro dos nossos impostos...
O Mensageiro estreia esta semana uma nova rubrica, dentro dos passatempos. Trata-se da Lhona de la semana. É um espaço dedicado ao humor em Mirandês, com a colaboração da Associação de Promoção da Língua e Cultura Mirandesa. Pretende-se que seja mais uma forma de divulgação da segunda língua oficial de Portugal, característica do nosso território, através de pequenos ditos populares com toque humorístico. Esperemos que gostem.