Por tudo e mais alguma coisa, no próximo domingo é preciso votar, mas votar bem
poucos dias das eleições, independentemente dos resultados que venham a verificar-se no próximo domingo, ainda que isto possa escandalizar e custar a engolir a muito boa gente, há aspetos e conclusões que, impreterível e honestamente, não podem nem devem ser escamoteados, nem meter a cabeça na areia para não ter que os ver, e muito menos ainda, usar a desculpa peregrina de que para a próxima vez irá ser melhor, pela simples razão de que essa tal próxima vez, poderá nunca mais acontecer.
Como em tudo na vida, também na política tem de haver limites, na proporção direta dos direitos e das responsabilidades de cada um.
Limites tanto para a vaidade e para o narcisismo, para a falta de vergonha e de dignidade, para a presunção, a imodéstia e a ganância, como para o auto convencimento, os caprichos e a ambição, tendo sempre a noção das próprias capacidades e das próprias limitações, exatamente o contrário do que foi propalado até à exaustão pela multidão incontável de pegas e papagaios que nos últimos meses abusaram da paciência e martelaram os ouvidos das pessoas até ao absurdo, com frases feitas, banalidades e futilidades sem qualquer sentido, bem patentes na facilidade demagógica como se prometeu dar a todos este mundo e o outro, quando sabem muito bem que nunca poderão dar o mundo a ninguém.
Porque o país corre um sério risco de ficar eternamente à mercê de golpes palacianos, instigados por aprendizes de políticos incompetentes demagogos, oportunistas e falhados, que fizeram da política o seu emprego e o seu modo de vida, se instalaram, parasitam e prosperam, explorando em proveito próprio as fragilidades dum sistema que eles criaram à medida das suas conveniências e dos seus interesses pessoais, de grupo ou de classe, que está a espartilhar o desenvolvimento do país.
É por estas e por outras que, para evitar que esta situação se eternize, que o país incorra no grave e sério rico de se tornar ingovernável e que a segurança do nosso futuro coletivo seja posta em causa, no próximo domingo, ninguém está dispensado da obrigação de exercer o seu direito de voto, mas votar bem.
Perante o fraco desempenho das diversas forças concorrentes, a maior das quais, no passado recente, nem com maioria absoluta, foi capaz de governar, e a sua total incapacidade para enfrentar com sucesso os desafios gigantescos que, nos próximos tempos, podem vir a dificultar drasticamente o nível de vida do mundo inteiro, considerando que, nos próximos doze meses, de acordo com a Constituição, não será possível, (e ainda bem), convocar novas eleições legislativas, e não há país que resista a ser governado tanto tempo por um governo de gestão, para garantir a necessária estabilidade, sair deste impasse e evitar males maiores, a única solução que resta ao país é uma votação massiva na Aliança Democrática, vencedora das eleições realizadas em 2024, dando-lhe de novo condições para cumprir o programa que então apresentou a sufrágio.
O resto é brincar com o fogo e as pessoas estão fartas destas brincadeiras.