A opinião de ...

Vida por Vida

Este é o lema dos Bombeiros portugueses salientando um modo de viver, um comportamento e uma atitude de altruísmo, de dedicação à vida, qualquer que ela seja, independentemente do espaço e do tempo em que se realize, desde o nascimento até à morte dos seres.
Assim, quando ouvimos a sirene podemos imaginar os seus corações prontamente a pulsar com maior ritmo, prontos e disponíveis para responder à chamada, procurando dar o melhor pelo seu próximo, nas circunstâncias de maior risco, sabendo que vão, mas não sabendo se voltam a casa.
À semelhança de outras profissões sabemos que, muitas vezes, não celebram o Natal, o Ano Novo, a Páscoa e outros momentos festivos comuns às vivências do ano em tranquilidade e no remanso do lar.
O mesmo se diga em relação às folgas pois ainda que, estando em casa, se acontecer forem chamados, normalmente estão prontos a responder-lhes afirmativamente.
Por isso se pode referir que a sua força, coragem, sentido de superação e mesmo a Fé, principalmente, é que tantas e tantas vezes os faz ser bombeiros, porque gostam do que fazem e gostam de servir o próximo.
Não raras vezes os ouvimos atestar que a corporação de bombeiros a que pertencem e onde trabalham é tão parte da sua família como os restantes familiares.
São profissionais, alguns, e outros voluntários, que dedicam milhares de horas das suas vidas pois ser bombeiro é estar ao serviço. Na cidade, no campo ou até mesmo no mar, eles tornam-se presentes.
Daqui, principalmente no verão o seu lema é particularmente experimentado no combate aos muitos incêndios, protegendo a natureza e procurando salvar os bens das pessoas, mas principalmente as próprias pessoas.
Portanto, tendo-se celebrado no pretérito dia 26 de maio, o Dia Nacional do Bombeiro e pelo facto de se aproximar o calor e a famigerada “época de incêndios”, urge que a sociedade portuguesa pense, apoie e agradeça mais a estes homens e mulheres e ao que se pode fazer por eles, para sua maior dignificação e realização da sua missão.
Uma ou duas ideias, desde logo, se pode realçar. Na medida em que a maioria dos bombeiros portugueses se enquadra essencialmente nas Associações Humanitárias, pois em menor número estão sob a Administração Local e ainda muito menos, nas entidades privadas, e estas face às cada vez maiores solicitações necessitam de ter mais e melhores recursos humanos, é necessário dotá-las de maiores verbas e fundos essenciais para a sua contratação da qual advirá maior garantia de segurança e salvaguarda de pessoas e bens.
A questão de aumento de sócios e donativos é algo ao alcance de cada um e das empresas.
Por outro lado, urge clarificar e também regulamentar a carreira do bombeiro profissional, mas concomitantemente tornar mais recompensador o voluntariado.
O serviço que os bombeiros realizam bem merecem o melhor de todos e cada um de nós.

Edição
3989

Assinaturas MDB