Bispo Nuno Almeida abriu a Porta Santa da Catedral e deu posse ao novo Conselho Pastoral Diocesano

O bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, abriu no domingo as Portas Santas do Jubileu na Catedral, em Bragança, e na Concatedral, em Miranda o Douro.
“O Jubileu existe para haja reencontros! Neste Jubileu, procuremos levar a esperança onde ela se perdeu: onde a vida está ferida, nas expectativas traídas, nos sonhos desfeitos, nos fracassos que despedaçam o coração; no cansaço de quem já não aguenta mais, na solidão amarga de quem se sente derrotado, no sofrimento que consome a alma; nos dias longos e vazios dos reclusos, onde existe violência doméstica, nos aposentos estreitos e frios dos pobres, nos lugares profanados pela guerra e pela violência. Levar esperança nestes lugares, semear esperança nesses e em tantos outros locais! O Jubileu abre-se para que a todos seja dada a esperança, a esperança do Evangelho, a esperança do amor, a esperança do perdão”, começou por dizer D. Nuno Almeida.
O prelado lembrou que “não há, de facto, neste mundo, famílias perfeitas, nem comunidades perfeitas, não há famílias e comunidades «cinco estrelas»”; “há famílias e comunidades em caminho, em construção, em reparação, algumas sob o risco de derrocada, se não cuidarem a tempo dos alicerces e das feridas.
O nosso coração sabe que não se pode viver sem esperança num amanhã melhor. A esperança, a mais pequena das virtudes, mas a mais forte, convida-nos a olhar com olhos novos a nossa existência, sobretudo nos momentos difíceis e a ver a através dos olhos de Jesus, o autor da nossa esperança. A esperança não é simples ilusão, mas uma virtude concreta que nos ajuda a superar os desafios da vida. É preciso que nos interroguemos sempre se somos realmente homens e mulheres de esperança. O que podemos fazer para que cresça em nós esta virtude?”, questionou.
O bispo da diocese transmontana explicou ainda que “o Jubileu é um grande dom, que agora nos é oferecido para não cairmos na tentação do pessimismo e do desencorajamento que geram resignação e preguiça, ao passo que a esperança acende o desejo e leva a ação. Queremos, portanto, viver e celebrar o Jubileu como “peregrinos de esperança”, percorrendo um caminho que nos afaste da rotina e do deixar correr e nos torne mais audazes no pensar, sentir e agir”.
“Para viver e celebrar o Jubileu como um tempo de esperança a partir do encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, tem importância especial a experiência da Peregrinação, da Porta Santa e do Perdão.
“Avancemos, continuemos a caminhar; não percamos a esperança, por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e de comunhão, que nos foi prometida” (AL 325). Peregrinos de esperança, seja Jesus, a Estrela do Natal, a Estrela da nossa família, da nossa Diocese, da nossa Paróquia e da nosso Mundo!
Que o Jubileu seja milagre de salvação, reconhecendo-nos família de famílias a quem Cristo doa o perdão e a reconciliação. Ao passar a Porta Santa, rezemos com fé”, pediu.
D. Nuno Almeida deu, ainda, posse ao recém-criado Conselho Pastoral Diocesano, com representantes dos quatro arciprestados da diocese. “O Conselho Pastoral Diocesano que inicia hoje a sua missão procura estar sempre em comunhão com as Unidades Pastorais, Paróquias e todas as outras realidades vivas da Diocese.
Temos hoje ainda mais consciência de que a Palavra de Deus é o coração da sinodalidade e o alicerce da vida e da missão da Igreja. A comunidade cristã nasce da Palavra e alimenta-se da Eucaristia. Procuraremos responder adequadamente à sede que, hoje, os diocesanos têm de Deus. Que através do nosso testemunho pessoal e comunitário todos possam ouvir, tocar e ver Cristo Ressuscitado”, frisou o prelado.