Bragança

Castanheiros e hortas destruídos pelo incêndio no Parque de Montesinho

Publicado por GL em Sex, 2024-08-23 17:14

Estão ainda a ser contabilizados os prejuízos do incêndio que deflagrou em Soutelo, no Parque Natural de Montesinho, em Bragança, no dia 10 de agosto e durante quase três dias lavrou por mato e zonas agrícolas também de Carragosa e Rabal. No final deixou um rasto de 500 hectares de terra queimada. “Foi devastador. Foram dois dias de inferno autêntico, mas estamos a fazer o levantamento com os presidentes de junta do que foi afetado”, admitiu o presidente da Câmara, Paulo Xavier, em declarações ao Mensageiro.

Para já não há estimativas, mas no terreno verificou-se que além de mato, também ardeu alguma área de souto e hortas. “Temos que ver com mais calma o que foi. A nossa ideia é direcionar o rol dos prejuízos para o Ministério da Agricultura. Esperamos que o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas faça a sua força e o seu caminho para ver o que se pode tirar e indicar um caminho para não terem uma perda tão grande”, referiu o autarca.

Este incêndio já foi considerado o segundo maior do país este ano em Portugal, a seguir ao de Angueira (Vimioso).

“O fogo teve um momento complicado e esteve a 400 metros de Rabal. Ponderamos fechar a estrada e estivemos sempre em alerta para a possibilidade de termos de retirar a nossa gente daqui. Estivemos atentos até às 6h00”, indicou Paulo Xavier sublinhando que não faltaram recursos para combater o fogo. “No sábado, com Soutelo a arder, pelas 5h30 estabilizou. Durante a tarde também não havia preocupação. Tínhamos aqui uma máquina de rastos e deixámo-la ir para Vimioso. Só que pelas 7h30 o comandante avisou-se que estava um caos e que tinha havido um reacendimento. Aí é que foi muito complicado. Ligaram-me o secretário de Estado da Proteção Civil e o Presidente da República para dar todo o apoio. Tivemos ajuda de muitas corporações. O ICNF trouxe as suas máquinas de rasto”, acrescentou Paulo Xavier.

O presidente da junta de Rabal, Jaime Loureiro, deu conta que os relatos da população indicam prejuízos em castanheiros e horas. Ainda não se apurou o montante. “Estamos a contabilizar. O calor provocado pelo incêndio também afetou algumas vinhas”, garantiu.

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