Diocese

D. Nuno destaca “vida muito especial” e “virtudes místicas” da Irmã São João

Publicado por Glória Lopes em Sex, 2024-08-23 17:20

O bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, destacou “a vida muito especial, que vale a pena conhecer”, de Alzira da Conceição Sobrinho, a religiosa da Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, conhecida por irmã Maria de S. João Evangelista, com virtudes místias, cuja abertura do inquérito diocesano da causa de beatificação e canonização foi apresentada na passada quinta-feira, 15, em Macedo de Cavaleiros.

Se o desígnio chegar a bom porto, e a irmã S. João foi considerada beata, “significa que a Igreja declara este testemunho como heroico, luminoso em relação à vivencia do Evangelho e da Fé para toda a Igreja. Claro que se torna muito incisiva esta nomeação para a própria Diocese tendo em conta que esta congregação é de fundação diocesana e foi neste ambiente que surgiu o testemunho heroico de uma mística com indícios de facto de santidade”, explicou o bispo da Diocese, D. Nuno Almeida.  
Natural de Pereira, aldeia do concelho de Mirandela, nascida 4 de abril de 1888 e falecida a 10 de junho de 1982, em Macedo de Cavaleiros, a Irmã Maria de S. João dedicou a vida ao Evangelho, estando associada a diversos acontecimentos místicos, mas também a um intenso trabalho de apoio a meninas carenciadas e à solidariedade. “Ainda hoje ao olharmos para o arquivo desta irmã vemos que recebia correspondência do mundo inteiro. Não é uma correspondência de cortesia, tem a ver com dons, com ajudas e tanta coisa bela e boa que Deus fez através dela”, referiu D. Nuno aos jornalistas à margem da cerimónia que teve lugar em Macedo de Cavaleiros, onde Alzira Sobrinho fez os seu votos religiosos, precisamente, há 76 anos tomando como nome  Maria de S. João Evangelista. “A irmã consagrou toda a sua vida a Jesus Cristo na Eucaristia e entregou-se totalmente ao desejar Jesus na hóstia consagrada na sua vida, ajudando os mais débeis. Os que viviam tempos mais difíceis recorriam à irmã S. João para obter graças e até milagres”, referiu D. Nuno.  

Recolha de testemunhos escritos e orais

 

Na cerimónia realizada na Igreja de Santa Maria procedeu-se à leitura dos documentos preliminares, entre eles o decreto de nomeação do Postulador, o Libelo de Demanda – documento em que o Postulador pede ao Bispo Diocesano que faça a instrução da Causa –, a declaração favorável dos Bispos Portugueses para a abertura da Causa, a carta da Santa Sé com o “nada obsta”, o Decreto de aceitação do Libelo e a nomeação dos Oficiais do Inquérito e finalmente o Decreto de nomeação da Comissão Histórica. Foram ainda empossados os nove elementos de uma espécie de tribunal que fica incumbido “de recolher, por escrito, testemunhos de pessoas que conheceram ou contactaram com a irmã S. João, ou que tiveram dons extraordinários através da interceção do acolhimento e da escuta desta irmã”, explicou o bispo diocesano.
 

Assinaturas MDB