Nordeste Transmontano

Greve dos professores encerra várias escolas no distrito

Publicado por Glória Lopes em Qua, 2022-11-02 10:48

Estão sem atividade letiva esta quarta-feira várias escolas no distrito, devido à adesão dos docentes à greve nacional, convocada pela FNE e pela FENPROF.

Segundo os dados facultados ao Mensageiro pelo Sindicato dos Professores da Zona Norte (SPZN) as escolas de Alfandega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Mogadouro, Moncorvo, Escola Augusto Moreno e Gimonde, em Bragança, “estão fechadas”, afirmou Manuel Pereira, delegado do SPZN, que participou esta manhã num protesto em frente à Escola Augusto Moreno, em Bragança.

O descontentamento com o Orçamento do Estado para 2023 levou mais de duas dezenas de professores a protestar.

“É um orçamento que insiste na falta de investimento e de valorização de todos os profissionais da Educação”, referiu Manuel Pereira, delegado do SPZN que deu voz à indignação dos docentes do distrito. “A greve foi convocada devido ao descontentamento contra o Orçamento do Estado que, mais uma vez, ignora a realidade e os apelos da FNE e do SPZN.

Insiste na falta de investimento e na valorização dos profissionais da Educação. É necessária uma atualização salarial, pois os docentes são grandes vítimas desta inflação, bem como é necessário promover o rejuvenescimento urgente da classe dos professores, porque cada vez há mais colegas a saírem para a aposentação e não há novos para entrar. É preciso criar esta profissão atrativa e criar condições de trabalho e para o desenvolvimento das carreiras”, descreveu Manuel Pereira.

A precariedade e a instabilidade que atinge estes profissionais contribui para a perda de reconhecimento social.

“É necessário recuperar aquele tempo que foi congelado, que é muito importante para a nossa carreira e para a nossa aposentação, assim como é necessário substituir o modelo de avaliação de desempenho, que é injusto, a eliminação das vagas do 5º e 7º escalões e a criação de vagas do quadro de escola, o respeito pelos limites do tempo de trabalho e clarificar a componente letiva e não letiva e definir um novo regime de específico de mobilidade por doença”, destacou Manuel Pereira.

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