Idosos da Fundação Betânia dão nova vida aos lencinhos dos namorados

São uma lembrança especial, os lencinhos dos namorados que saem das mãos dos utentes do Centro de Dia da Fundação Betânia, em Bragança. Este ano os idosos pegaram nas agulhas de croché, em pincéis e tintas para criar pequenas relíquias que podem ser prendas para trocar no Dia de S. Valentim, a 14 de fevereiro.
Os lencinhos dos namorados, que têm pintadas à mão frases de amor, amizade e carinho, estão a ser confecionados por um grupo de cerca de 14 idosos do centro de dia e do lar residencial daquela IPSS, num verdadeiro trabalho de equipa, que resultou em beleza, qualidade e originalidade. Cada lenço é único. Todo o processo é feito à mão.
Estas mãos calejadas pela vida, mais ou menos dura, mais ou menos fácil. Sofrida ou não. São estas mãos experientes de trabalho, carinho, amizade e amor que criam os lencinhos, por tudo isto raros. Além do trabalho transportam também os sentimentos dos utentes, que fazem de cada peça um objeto singular.
Primeiro corta-se tecido. É José Paulo Pimentel, 90 anos, quem assegura essa tarefa. “Entretenho-me aqui a fazer isto e gosto. Mas É um trabalho de grupo”, ressalva o idoso.