Nordeste Transmontano

Mais de 47 por cento das pessoas com incapacidade não estão inseridas na vida ativa

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Publicado por Glória Lopes em Qua, 2024-08-14 09:35

As dificuldades de inserção dos utentes no mercado de trabalho são dos maiores problemas que enfrenta a ASCUDT - Associação Sócio-Cultural dos Deficientes de Trás-os-Montes. “Temos muitos poucos a trabalhar”, admitiu a diretora da instituição, Manuela Miranda.
Nas várias respostas sociais da ASCUTD apenas entre dois ou três estão a realizar atividades socialmente úteis trabalhando 20 horas por semana numa quinta ajudar a tratar de cavalos, mais três pessoas a trabalhar nos supermercados Continente de Bragança e Chaves a quem dão acompanhamento.
O cenário local vai ao encontro do panorama nacional. Tendo em conta os dados do estudo ‘O papel das pessoas no mercado de trabalho em Portugal’ elaborado pela Randstad a cujas conclusões o Mensageiro teve acesso, a situação distrital ainda é pior que na média do país.
A análise da Randstad indica que a população em Portugal, com quinze anos ou mais, com incapacidade, corresponde a 1,06 milhões de pessoas e destas, 348,3 mil estão em idade ativa. A taxa de atividade na população com incapacidade é de 47,6%, face a uma taxa de atividade de 73,1% da população sem incapacidade. Neste sentido, também as taxas de emprego e desemprego variam: a taxa de emprego para pessoas sem incapacidade (67,2%) é superior em quase 25 pontos percentuais quando comparada com a taxa de emprego das pessoas com incapacidade, que se situa nos 42,3%.

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