Orçamento Participativo do município investigado pela Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o Orçamento Participativo (OP) da Câmara de Bragança, na sequência de uma denúncia sobre alegadas irregularidades na votação.
O Mensageiro confrontou o presidente da Câmara Municipal, Hernâni Dias, sobre investigação e o autarca admitiu que houve diligências da PJ relacionadas com este assunto.
Hernâni Dias esclareceu que a última vez que a PJ esteve na câmara foi no início de 2022, em janeiro ou fevereiro, com o objetivo de fazer diligências sobre o Orçamento Participativo, desencadeadas por uma denúncia que lança suspeitas de favorecimento na votação.
O autarca garantiu que foi fornecida toda a informação disponível aos inspetores, nomeadamente relacionada com a plataforma eletrónica adquirida pela câmara para evitar fraudes, mas como havia dúvidas a PJ levou a documentação.
Hernâni Dias desconhece em que fase está a investigação ao OP e até à data não foi informado de qualquer arquivamento.
O Mensageiro sabe que a denúncia visava duas pessoas, uma ligada a uma junta de freguesia rural e outra à câmara.
O autarca explicou também que a última diligência da PJ se tratou de um pedido de informação sobre o mapa de todos os trabalhadores do município e que esta lhe foi remetida.
O Orçamento Participativo permite aos munícipes apresentarem propostas que depois são votadas online para escolher os projetos que desejam ver implementados no concelho, na cidade e na área rural.
O Município de Bragança implementou esta forma de participação dos munícipes há vários anos, e através dela já foram executadas várias obras na cidade e nas aldeias através da escolha popular.
Para o ano de 2024 o Orçamento Participativo prevê uma verba total de 110 mil euros.